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Postado em: 17/04/2009 - 16h53 |

17 de abril, dia mundial de luta pela reforma agrária.

O dia 17 de abril de 1996, para sempre será lembrado. Nesta data aconteceu o massacre do Eldorado dos Carajás, que resultou na morte de 19 pessoas e deixou dezenas de feridos, no Pará. Mesmo após 13 anos, com evidências da participação de latifundiários no massacre, nenhum dos responsáveis foi condenado.

Em homenagem às vítimas, foi instituído, em 2002, o “Dia Mundial de Luta pela Reforma Agrária”. Nesse período, o MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) promove manifestações e ocupações para marcar a data do Massacre, e também realiza mobilizações em diversos países para cobrar o julgamento dos responsáveis pela violência no campo e pela realização da reforma agrária.

Entenda melhor o MST e a Reforma agrária:

O problema fundiário do país tem raízes profundas. Quando efetivamente se iniciou a exploração das terras brasileiras, em 1530, foi implantado o sistema de Capitanias Hereditárias e Sesmarias. O latifúndio seria, portanto, a propriedade dominante, concentrando a terra nas mãos de poucos e deixando destituída a maior parte da população, restando à massa trabalhadora vender sua força de trabalho a um baixo preço.

Essa situação manteve-se inquestionada até a década de 50 do século 20, quando a questão fundiária começou a ser debatida pela sociedade, em virtude da industrialização. Surgiram no Nordeste as Ligas Camponesas e o Governo Federal criou a SUPRA (Superintendência de Reforma Agrária). Ambas foram duramente combatidas dentro do quadro que resultou no golpe militar de 1964.

O MST (Movimento dos Trabalhadores Sem-Terra), que completou 25 anos de existência em 2009, objetiva reivindicar o acesso à terra que lhes havia sido tirada pelo processo de mecanização que transformou a agricultura brasileira ao longo da década de 70.

A proposta de reforma agrária reivindicada pelos trabalhadores é garantir a produção de alimentos a partir da agricultura familiar, ou seja, pequenas propriedades. Isso é possível a partir da desapropriação das terras improdutivas. ra tanto é preciso que essas famílias tenham a proteção de crédito e seguro agrícolas que as possibilite ter uma vida mais digna.

Leia mais sobre o assunto e confira a programação completa da semana de homenagens na página da Adital:

www.adital.com.br