14,3 milhões de brasileiros estão desempregados
A taxa de desemprego chegou a 14,2% e atingiu 14,3 milhões de pessoas no trimestre encerrado em janeiro. Este é o maior número de desempregados que o país registra desde 2012, início da série histórica da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), divulgada nesta quarta-feira (31) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Até agora, o maior contingente de brasileiros desempregados da série histórica havia sido registrado no trimestre encerrado em março de 2017 (14,1 milhões), um ano após o golpe que destituiu a presidenta Dilma Rousseff.
O número de desalentados, trabalhadores que pararam de procurar emprego depois de muito tentar e não conseguir também é o maior da série histórica da pesquisa. Após uma variação de 2,3%, o que representa estabilidade frente ao trimestre anterior, eles foram estimados em 5,9 milhões de pessoas.
Em relação ao mesmo período do ano anterior, quando havia no Brasil 4,7 milhões de pessoas desalentadas, houve um acréscimo de 25,6%. São 1,2 milhão de pessoas a mais nessa situação.
Já a taxa de informalidade foi de 39,7%.
De acordo com o IBGE, apesar de ter ficado estável em 14,2% em comparação com o trimestre anterior, a taxa de desemprego é a mais alta para um trimestre encerrado em janeiro, mês que costuma ter dados de desemprego menores por causa das contratações feitas para as festas de fim de ano.
No trimestre encerrado em janeiro aumentou também o trabalho precário, sem direitos. Confira:
– subiu 3,6% o número de trabalhadores sem carteira assinada no setor privado – o que representa um aumento de 339 mil pessoas sem direitos.
– também aumentou em 5,2% o total de trabalhadores domésticos sem carteira, que agora somam 3,6 milhões de pessoas.
– aumentou em 4,8% o total de trabalhadores por conta própria sem CNPJ totalizando 826 mil pessoas a mais.
Acesse a pesquisa completa no site do IBGE.
*Com informações da CUT