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Postado em: 03/03/2010 - 14h54 | Redação

100 anos do 8 de Março

Entre os dias 8 e 18 de março, acontece a 3ª Marcha Mundial das Mulheres (MMM). Aqui no Brasil, a abertura será em Campinas e passa por Valinhos, Vinhedo, Jundiaí, Várzea, Cajamar, Jordanésia, Perus, Osasco e no último dia, o ato de fechamento será na Capital Paulista.

Os temas tratados esse ano são: 1 – Bens Comuns e Serviços Públicos, que se refere aos bens básicos para uma vida saudável, tais como comida, água, moradia, educação e saúde; 2 – Paz e Desmilitarização, a intenção desse item é evidenciar as consequências das guerras na vida das mulheres; 3 – Autonomia Econômica, que trata basicamente do reconhecimento das mulheres no mundo do trabalho; 4 – Violência Contra as Mulheres.

O 3º item, que é de responsabilidade da CUT, leva seis propostas estruturadas pela Central: Redução da Jornada de Trabalho; Igualdade no Trabalho (nas condições de salário e trabalho); Luta por Creches; Valorização do Salário Mínimo; Garantia de Direitos a Todas Mulheres Trabalhadoras e Compartilhamento do Trabalho Doméstico e de Cuidados entre Homens, Mulheres e Estado.

A primeira MMM aconteceu em 2000 e contou com a participação de mais de cinco mil grupos de 159 países, para esse ano a estimativa é de três mil pessoas só no Brasil. Em todas as paradas para dormir, as companheiras ficarão alojadas em ginásios e tendas coletivas.

O ato de fechamento será a partir das 17 horas, na Praça Charles Müller, no Pacaembu. Quem não participar da marcha durante os dez dias, pode se juntar às mulheres que recepcionarão as marchantes. A proposta é sair do MASP em caminhada até o Pacaembu.

Histórico do Dia das Mulheres

Em 8 de março de 2010, celebraremos os 100 anos da declaração do Dia Internacional das Mulheres, cuja origem está ligada à história de lutas e militância das mulheres socialistas.

No ano de 1908, as mulheres socialistas dos Estados Unidos passaram a organizar um Dia das Mulheres dedicado à luta pelo direito ao voto. Essas mulheres eram parte do movimento sindical e socialista e foram protagonistas de amplos movimentos grevistas por direitos trabalhistas.

 Em 1910, na II Conferência Internacional das Mulheres Socialistas, em Copenhague, Dinamarca, Clara Zetkin propõe que, a exemplo das irmãs americanas, começasse a ser celebrado o Dia Internacional das Mulheres. Nos anos seguintes, as comemorações se espalharam pela Europa, mas ainda sem data fixa e única para todos os países, apesar de sempre fazerem referência ao direito ao voto feminino como parte da luta pela emancipação das mulheres.

Já em 8 de março de 1917 (23 de fevereiro no calendário ortodoxo), um grupo de operárias russas iniciou uma greve geral contra a fome, a guerra e o czarismo, construindo um processo de lutas que deu início à revolução de fevereiro. A iniciativa partiu das trabalhadoras das indústrias têxteis – as mais oprimidas e exploradas, que se lançaram às ruas de Petrogrado mobilizando cerca de 90 mil pessoas.

Quatro anos depois, em 1921, o dia 8 de março foi proposto como o Dia Internacional das Mulheres, para lembrar e homenagear a iniciativa das mulheres russas.
Fonte: www.sof.org.br