Democratizar o Conselho Monetário Nacional
A CUT lançou a campanha pela ampliação do CMN (Conselho Monetário Nacional). Ao nosso lado estão a Confederação Nacional da Indústria e a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo, além de representantes de instituições acadêmicas.
Ao longo dos dois últimos anos, repetimos posições coincidentes sobre a necessidade de agregar às estratégias anti-inflacionárias do CMN outras metas econômicas – emprego e crescimento, a serem perseguidas pela política monetária.
A atividade econômica e, por conseqüência, o desenvolvimento social são afetados pelas decisões do CMN. Ele é o órgão deliberativo máximo do Sistema Financeiro. É responsável pela definição da meta anual de inflação, da TJLP (Taxa de Juros de Longo Prazo) trimestral e das diretrizes gerais da política de crédito e de câmbio.
O Conselho é hoje composto por três membros: os ministro da Fazenda e do Planejamento e o presidente do Banco Central. Para nós, este formato faz com que, em determinados momentos, suas decisões acabem não levando em conta o cotidiano produtivo de empresas e as demandas dos trabalhadores.
Temos certeza de que a ampliação preservará a eficácia do Conselho, e permitirá que se explicitem as visões e perspectivas das diferentes áreas governamentais e dos agentes econômicos. Mais ainda: no contexto da democratização do poder público, a participação de lideranças representativas dos trabalhadores, dos empresários e do meio acadêmico, entre outros, permitirá maior transparência em suas decisões.
A reivindicação será levada ao presidente Lula, que já manifestou publicamente seu apoio ao princípio da ampliação e democratização do Conselho.
A ampliação do CMN é um dos caminhos que permitirão a imprescindível compatibilidade do objetivo da estabilização monetária com a necessária valorização da produção e do emprego.
O texto na íntegra está no Site da CUT.
Este texto não reflete, necessariamente, a opinião da diretoria do Sindicato.