Plebiscito Vale pela anulação da privatização
Privatização até hoje mal explicada, vem aí um Plebiscito Popular pela Anulação do Leilão da Companhia Vale do Rio Doce, entre os dias 1º e 7 de setembro. Você pode e deve votar.
O TRF (Tribunal Regional Federal), em Brasília, já acatou a nulidade da avaliação do valor da “venda”, feita pelo governo FHC, em 1997, por R$ 3,3 bilhões, ao capital privado. Na época, o patrimônio da Companhia era calculado em R$ 92,64 bilhões, 23 vezes acima do valor pelo qual foi “vendida”.
Hoje, empresas estrangeiras controlam 65% das ações preferenciais da empresa.
A ação judicial revigora a campanha para reverter e anular o leilão de uma das maiores produtoras e exportadoras de minério de ferro do mundo, essencial para o desenvolvimento e a soberania nacional.
Irregularidades
* A empresa que fez a avaliação foi norte-americana, a Merril Lynch, acionista, na época, do grupo Anglo American, concorrente direto da Vale, que meses antes da venda dispôs de informação privilegiada.
* A participação do Bradesco como “consultor”. A presença do Banco no leilão se deu de forma indireta, já que não podia participar, pois foi um dos “avaliadores”. Além disso, já possuía 17,9% do capital votante da Companhia Siderúrgica Nacional que, por sua vez, montou o consórcio comprador da maior fatia de ações da Valepar, atual controlador acionário da Vale. Deu a lógica: cartas marcadas.
* Os avalistas não incluíram na “avaliação” a maior jazida de ferro do mundo, localizada em Carajás (PA), nem minérios explorados pela empresa, como manganês, bauxita, ouro e nióbio. Ficou de fora também a infra-estrutura da estatal, formada pelos complexos industriais, usinas, ferrovias, portos.
* Internacionalizaram 23 milhões de hectares, quando o Código Penal Militar proíbe a internacionalização de áreas maiores do que dois mil hectares sem aprovação do Senado e das Forças Armadas, o que não foi feito.
Plebiscito
De 1 a 7 de setembro, acontece em todo o país, o plebiscito pela anulação do leilão de privatização da Companhia Vale do Rio Doce.
As organizações sociais que quiseram montar urnas podem fazê-lo em sindicatos, fábricas, escolas, associações de moradores, praças, igrejas e em locais diversos de circulação de pessoas. As urnas podem ser feitas artesanalmente e os votantes devem apresentar documento para votar.
Menores de 16 anos terão direito a voto, mas em urna separada.
No Sindicato haverá urnas de votação nas subsedes e sede central.
Participe do plebiscito popular de 1 a 7 de setembro
Pelas novas gerações, pelo Brasil: Vote não!