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Postado em: 22/11/2007 - 17h46 | Redação

Consciência de raça e de classe

O quilombo dos Palmares, onde hoje é União dos Palmares, no Estado de Alagoas, era uma comunidade auto-sustentável, um reino (ou República, na visão de alguns) formado por escravos negros que haviam fugido das fazendas. A área então ocupada era superior a 200 km de extensão, na Serra da Barriga. Chegou a ter uma população de 30 mil pessoas. O último líder foi Zumbi, nasceu no quilombo em 1655, em Pernambuco, mas capturado ainda quando criança, aos 15 anos foge e se torna conhecido pela destreza e astúcia na luta. Tornou-se um estrategista militar respeitável com pouco mais de 20 anos.
Em 1678 o governador da então capitania de Pernambuco propõe ao líder Ganga Zumba um acordo de paz e oferecia em troca liberdade aos negros desde que se submetessem à coroa portuguesa, a proposta foi aceita. Zumbi, desconfiado, recusou a proposta de liberdade para os negros de Palmares enquanto outros milhares eram mantidos escravos. A partir de então Zumbi se torna líder do quilombo e passa a comandar a resistência.
A partir de 1694, quinze anos após Zumbi ter assumido a liderança é que se iniciam as batalhas, que um ano após destroem o Quilombo dos Palmares. Zumbi foi traído por um antigo companheiro e assassinado aos 40 anos de idade, em 20 de novembro de 1695. Sua cabeça foi exposta em praça pública, em Recife, para tentar desmistificar a crença popular da imortalidade de Zumbi.
Zumbi é para o povo negro e para os movimentos sociais, um símbolo de resistência. A partir de 1995, a data de sua morte foi adotada como o dia da Consciência Negra. Em 1971, ativistas do Grupo Palmares, do Rio Grande do Sul, estabeleceram a data como Dia da Consciência Negra. Sete anos depois, o Movimento Negro Unificado incorporou a data como celebração nacional. Em 2003, a lei 10.639, sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, estabeleceu a data como parte do calendário escolar brasileiro.