CUT realiza o primeiro debate do mês da mulher trabalhadora
Mais de 30 entidades Cutistas de São Paulo e convidados especiais se reuniram no último dia 2 de março, na sede da entidade, para discutirem os próximos passos na luta pela equidade de gênero e o enfrentamento à violência contra a mulher.
O tema abordado de maior destaque foi a necessidade de união entre mulheres e homens para combater a desigualdade e ações urgentes pela manutenção do emprego.
“Queremos oferecer conhecimento às companheiras e aos companheiros para que estejam juntos na defesa irrestrita da igualdade salarial e contra a violência” afirmou a Secretária Sobre a Mulher Trabalhadora da CUT-SP, responsável pela organização do evento, Cida Trajano, que abriu o encontro.
Em seguida, Rosane Silva, Secretária Nacional Sobre a Mulher Trabalhadora da CUT, explicou a escolha da cidade de Santana de Livramento, fronteira do Brasil com o Uruguai, como sede do ato que a Central promoverá no Dia Internacional da Mulher. “Faremos uma ação para denunciar a omissão da sociedade diante da violência contra a mulher. Na fronteira, muitos homens brasileiros abusam das mulheres e fogem para outro país, onde a legislação é branda. Queremos que o governo estabeleça um protocolo de extradição para esses casos”, sugeriu.
A dirigente comentou ainda a necessidade da ampliação da licença maternidade e da licença paternidade, pauta aprovada pela CUT em plenária do ano passado. “Se primeiro a mãe e depois o pai pudessem se afastar por um período de seis meses cada para cuidar dos filhos recém nascidos, certamente já daríamos um passo importante na divisão de tarefas dentro e fora do ambiente do mercado de trabalho. Assim, os patrões não poderão mais usar o argumento de que as trabalhadoras ficam um tempo maior fora do serviço e por isso recebem 70% do valor do salário dos homens, mesmo realizando função idêntica”, destacou.
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