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Postado em: 22/05/2009 - 18h23 |

Vergonha: livros didáticos para escolas do Estado de São Paulo têm erros grosseiros

Para você que ficou indignado com os dois Paraguais no mapa de geografia, distribuído para alunos da 6º série da rede estadual, preparem-se: Os absurdos não param por aí. Recentemente, o governo do Estado distribuiu 36 milhões de livros didáticos, para alunos da rede estadual, de 5º a 7º série que contem mais de 25 páginas de erros.

Ao contrário do que foi feito com os 500 mil livros de geografia com o mapa errado, os livros não serão recolhidos. Em vez disso, o Estado fará um “remendo”: cada aluno receberá uma folha com as correções de todas as disciplinas de sua série em que há falhas e ele próprio fará a alteração.

A lista de erratas foi detectada pela Folha no próprio site da Secretaria de Estado da Educação. No levantamento, há 26 páginas com as correções já feitas – algumas tinham mais de um erro – em nove disciplinas.

São mapas trocados, expressões em inglês incorretas, erros de grafia de nomes e frases que foram alteradas. No caderno de artes da 7ª série, por exemplo, o nome do compositor Charles Gounod é grafado como “Goudnod”. A expressão “in front of”, no livro de inglês entregue para a 5ª série, é escrita erroneamente como “of front of”. Em um texto de português do 1º ano do ensino médio, a questão pede para que o aluno crie um título para um texto de jornal. Porém, a notícia já trazia um título, o que foi suprimido na correção.

Em filosofia, o caderno para o 2º ano do ensino médio usa o termo imperativo “categórico” em vez de “hipotético”, em química, a tabela para os alunos de 2º ano do ensino médio mostra a palavra “solubidade”, em vez do correto, “solubilidade”. Outro mapa de geografia, desta vez do 1º ano do ensino médio, estava trocado: o caderno trazia um mapa com destaque para o Brasil; não deveria haver país grifado.

O fato de a secretária corrigir o erro com uma folha avulsa, solta, a ser distribuída, mostra o carinho que Serra e cia, tem com a educação pública. O que eles esquecem é que o livro tem vida longa e depois de usado ainda poderá cair nas mãos de outros alunos, e infelizmente, o erro continuará.

Além dos erros gramaticais, outro grande erro ocorreu na rede pública de ensino. Foram distribuídos 1.216 livros, que seriam usados como material de apoio para a alfabetização dos estudantes da 3º série, do ensino fundamental (faixa etária de nove anos), com conteúdo sexual e palavrões.

O livro (“Dez na Área, Um na Banheira e Ninguém no Gol”) é composto por 11 histórias em quadrinhos, feitas por diferentes artistas, que abordam temas relacionados a futebol – algumas usam também conotação sexual. A editora Via Lettera afirma que a obra é voltada a adultos e adolescentes.

A gestão José Serra/PSDB afirmou que houve “falha” na escolha, pois o material é “inadequado para alunos desta idade”, e que determinou o recolhimento do material comprado.

“Os erros revelam um descuido do governo na preparação e escolha dos materiais”, afirmou a coordenadora do curso de pedagogia da Unicamp, Angela Soligo.
O que mais indigna é saber que para Serra, os erros não são graves. Essa é a educação de qualidade prometida pelo governo tucano.

Veja a matéria completa no Blog do Frave:

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