Redução do IPI
A decisão do Governo Federal de prorrogar a redução do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) por mais três meses para automóveis, eletrodomésticos e materiais de construção e a ampliação para máquinas e equipamentos se deve ao sucesso da medida.
No final de 2008, quando iniciou a crise, a venda de veículos, eletrodomésticos e materiais de construção despencou. Estes setores são muito importantes para a economia, diante de uma crise são os primeiros a reagirem negativamente por meio de redução das vendas, foi então que o governo propôs a redução de impostos como forma de manter a demanda aquecida e as vendas se recuperarem.
Estes segmentos da economia são altamente sensíveis à variação de preços, se eles caem aumentam as vendas, da mesma forma se os preços aumentam caem as vendas. Além disso, são segmentos que impulsionam outros setores dentro da cadeia de produção, ou seja, quando se vende um carro se está comprando vários componentes que são produzidos pela indústria plástica, de borrachas, siderurgia, etc. Da mesma forma, acontece em relação aos eletrodomésticos e aos materiais de construção.
De que forma a redução chega até o consumidor? Através da redução do preço no produto final, por exemplo, os automóveis populares tiveram uma redução de 7% no IPI, para o consumidor o veículo foi vendido por um preço 5,5% mais baixo. Pode parecer pouco, mas um automóvel que custa R$ 30.000,00 tem o desconto de R$ 1.650,00.
Essas medidas garantiram que a vendas de automóveis no mês de junho alcançassem o melhor resultado da história, assim como entre os eletrodomésticos, o crescimento das vendas ficou entre 20 e 25% no mês de junho.
Como ficam as contas do governo? O governo reduz a sua arrecadação, entretanto, com o crescimento das vendas esta desoneração será compensada na frente.