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Postado em: 29/07/2009 - 11h33 | www.cut.org.br

Estudo do Dieese revela: Privatização das telecomunicações impôs arrocho e demissões a funcionários

O Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) divulgou o estudo “O emprego no setor de telecomunicações 10 anos após a privatização”, no qual busca dimensionar o perfil do emprego no setor e as consequências sobre os trabalhadores. O estudo aponta que as empresas privatizadas empregam hoje menos trabalhadores do que no período das estatais.

Em 1994, na época das estatais, o setor empregava 128.500 trabalhadores registrados. Em 2002, o número caiu para 106.400 empregados e em 2003, a redução chegou a 88.100 postos no setor.

“Com o advento da privatização, as relações de trabalho tornaram-se mais instáveis e vulneráveis; a rotatividade ampliou-se significativamente; as regras de progressão funcional e a remuneração tornaram-se mais vinculadas ao comportamento da produtividade e ao desempenho individual; os salários reais declinaram; o ritmo de trabalho intensificou-se consideravelmente, entre outros aspectos”, diz o estudo.

Para João Moura, secretário-geral da Federação Interestadual de Trabalhadores em Telecomunicações (Fittel), a redução da quantidade de empregos formais depois da privatização foi causada pelo grande número de terceirizações ocorridas no setor. E atingiu todas as áreas como atendimento, manutenção de equipamentos e vendas, ocasionando uma queda na qualidade dos serviços de telecomunicações. Uma das consequências é a pane na prestação dos serviços, como ocorreu recentemente com o Speedy da Telefónica, de São Paulo. Segundo Moura, é preciso uma posição mais forte do governo no acompanhamento da qualidade dos serviços, assim como uma cobrança maior da população.

Conforme o Dieese, “a remuneração média mensal dos empregados no setor de telecomunicações se reduziu em termos reais ao longo do período estudado. Se nos primeiros anos da série a remuneração média estava próxima dos R$ 3.100 mensais, no biênio 2004-2005, este valor tinha caído para cerca de R$ 2.600 ao mês, em valores corrigidos para os preços de dezembro de 2007”.

O setor de telecomunicações recebeu investimentos públicos na ordem de R$ 21 bilhões, entre 1996 e 1998, além de um forte ajuste tarifário. Entre 1998 e 2007, “os preços das tarifas telefônicas no município de São Paulo elevaram-se em mais de 121,0%, ao passo que o índice geral da inflação acumulou, em igual período, um aumento de aproximadamente 93,41%.

http://www.horadopovo.com.br/

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