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Postado em: 06/08/2009 - 11h36 | Redação

Sinais de aquecimento na economia

Quem apostava num Brasil fraco com um presidente metalúrgico, todos os dias precisa repensar a sua estratégia política. Ano que vem as eleições vão movimentar o nosso país e possivelmente queiram atribuir ao Governo Federal os ônus da crise econômica. Mas o consenso é que se há algum culpado esse não é o presidente Lula e, pior, quem tiver ousadia de fazer tal acusação terá grande prejuízo político.

O Brasil está firme no combate à crise e a economia já volta a se aquecer. A redução do IPI, os financiamentos habitacionais, as obras do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), aumento real do salário mínimo, entre outras medidas se mostraram eficazes. Podia ser mais. Mas para quem teve tucano privatizando, avançamos muito.

Os trabalhadores, que poderiam se assustar com a crise, mostraram força. Pesquisa divulgada pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) mostra dois importantes resultados para os trabalhadores.

1 – Em 2008 houve 411 greves. É o maior número de movimentação de trabalhadores desde de 2004. A pesquisa mostra também que 54,5% dos movimentos são da iniciativa privada, pela primeira vez o setor público tem menos greve, comparadamente. Essas greves tinham o caráter propositivo, em 69% dos casos se buscavam mais benefícios e melhores salários.

2 – O resultado de tanta movimentação em 2008 significou conquista em 2009. Nova pesquisa do Dieese, agora para saber sobre os reajustes salariais. Em 2008, 89% das negociações alcançaram êxito na recomposição; o resultado de 2009 subiu para 96%. No meio de uma crise econômica mundial os números são extremamente positivos e mostram caminhos da nossa atuação sindical.

A nota negativa fica por conta da redução de juros que podia ser menor, mas já mostra um caminho no sentido de cortes. Os movimentos organizados precisam discutir as taxas bancárias. Se é verdade que os juros estão altos, também é verdade que para o trabalhador a taxa é ainda maior. Enquanto o governo tem juros de 8,75% ao ano, a maioria dos bancos cobram cerca de 150% ao ano dos seus clientes: é apenas abuso ou roubo?