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Postado em: 09/06/2010 - 16h10 | Caros Amigos

Funcionários da USP ocupam reitoria

Os funcionários da USP em greve há 35 dias ocuparam na manhã desta terça-feira, 08, o prédio da reitoria da universidade. O protesto ocorreu porque a instituição não pagou o salário de aproximadamente mil trabalhadores que permanecem em greve. “Houve o corte de ponto. É uma violência deixar um chefe de família sem salário”, frisa o diretor de base do Sintusp (Sindicato dos Trabalhadores da USP), Magno de Carvalho.

Segundo o sindicalista, das 20 unidades paralisadas, duas cortaram o ponto de seus funcionários. “Justamente aquelas onde as pessoas têm salários mais baixos. Isso gerou muita revolta.” As duas unidades a que Magno se refere são a Prefeitura do Campus, responsável pela manutenção e pelo transporte interno (ônibus circulares) e a Coseas (Coordenadoria de Assistência Social), que cuida dos serviços de saúde, creche, moradia e restaurantes (bandejões).

A greve começou no dia 05 de maio porque o  Cruesp (Conselho de Reitores das Universidades Estaduais de São Paulo) rompeu a isonomia entre o reajuste salarial de professores e funcionários da USP, Unicamp e Unesp conquistado com a autonomia universitária, no final da década de 80.

Este ano o conselho de reitores resolveu dar reajustes diferenciados para as duas categorias. Professores e funcionários conquistaram 6,57% de reajuste, pago em junho, mas aos docentes o Cruesp concedeu mais 6% de reajuste retroativo a fevereiro sob o argumento de que se trata de uma recomposição salarial para a reestruturação da carreira docente. O argumento é contestado por professores e funcionários.


Magno afirma que a ocupação da reitoria permanecerá até que a instituição reconsidere a decisão e pague o salário dos funcionários que tiveram o ponto cortado. Para o sindicalista a possibilidade da PM invadir novamente a USP não intimida os funcionários. “Com esse cara (reitor Rodas) que está administrando a USP, tudo pode acontecer. Ele chamou a polícia para invadir a Faculdade de Direito, quando era diretor. Não pretendemos sair daqui. Vamos resistir na medida do possível”, adverte.

Repressão

Nesta quarta-feira, 09, a repressão da PM contra funcionários e estudantes da USP completa um ano. A Adusp (Associação dos Docentes da USP) organiza um debate no auditório do Instituto de Física, às 17 horas, para lembrar a data. O evento conta com o apoio de funcionários e estudantes. Participam os professores Fábio Konder Comparato e Maria Victória Benevides.

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