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Postado em: 07/12/2010 - 15h14 | Redação

Garantia de empregos na indústria plástica

O meio ambiente pede medidas urgentes de preservação. Há uma nova consciência de que o desenvolvimento deve ser pensado de forma sustentável e, por isso, as atividades que promovem o bem-estar devem levar em consideração os danos causados. O Sindicato dos Químicos e Plásticos de São Paulo tem uma história de luta e engajamento ambiental, e não é de hoje.

Nas empresas em que o Sindicato atua esse tema é sempre objeto de fiscalização. São inúmeros processos judiciais e inúmeras vitórias. O Sindicato defende a integridade dos trabalhadores e a preservação do planeta. A defesa dos trabalhadores é sempre responsável e ampla, contempla a melhor discussão e envolvimento dos trabalhadores na busca das melhores soluções.
 
No governo da ex-prefeita Luiza Erundina, o Sindicato foi pioneiro na coleta seletiva. A Prefeitura passava periodicamente e recolhia os materiais recicláveis. Infelizmente o projeto não teve continuidade. Hoje, nada é feito para resolver os problemas ambientais em São Paulo. As discussões são frágeis e não buscam uma eficaz solução para os problemas da cidade.
 
Educação
Talvez, resida na educação o maior problema ambiental. Não há uma ação concreta que permita a criança e o jovem, menos ainda o adulto, pensarem e praticarem o respeito ao meio ambiente. As ações de preservação são escassas e têm origem em atividades isoladas, sem a devida participação do poder público. É comum ver ruas sem qualquer lixeira, algo simples de se fazer.
 
Bode expiatório
Um projeto de lei prevendo o fim da produção de sacolas plásticas tramita na Câmara Municipal de São Paulo. O primeiro e mais importante efeito desse projeto, se aprovado, será a extinção de 20 mil empregos dos trabalhadores do Setor Plástico. O projeto quer que as sacolas sejam vendidas nos supermercados e assim tenham utilização reduzida. Como a produção será proibida, a compra terá que ser feita em outras cidades, porque parar a produção não parece ser viável. A proposta de lei não pensa em educar, na verdade deseduca quando escolhe a sacolinha plástica como vilã da história ambiental.
 
Onde colocar o lixo doméstico?
É comum a utilização das sacolas plásticas para acomodar o lixo doméstico. Qualquer que seja a medida, o fato é que as sacolas plásticas continuarão existindo e já fazem parte dos orçamentos dos supermercados e afins.
 
Manifestação
No dia 17 de novembro, os dirigentes do Sindicato estiveram presentes na Câmara Municipal de São Paulo para protestar contra o projeto de lei 528/2009. Além da ineficácia da lei, que só teria publicidade e nenhum efeito prático, ela despreza totalmente a questão do emprego de 20 mil trabalhadores. “Os vereadores precisam pensar no desenvolvimento sustentável, e ignorar as famílias é fechar os olhos para as questões sociais e econômicas”, afirmou o coordenador de Administração e Finanças do Sindicato, Osvaldo Bezerra (Pipoka).
 
A manifestação surtiu efeito e o projeto não foi votado. O vereador Francisco Chagas, que é dirigente licenciado do Sindicato dos Químicos de São Paulo, é o principal representante dos trabalhadores plásticos na Câmara. Chagas critica o projeto de lei e lembra que não há uma política ambiental eficaz aplicada pelo poder executivo municipal. O projeto não tem previsão para entrar na pauta. De qualquer forma, o Sindicato continuará acompanhando os trâmites.