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Postado em: 14/02/2011 - 15h54 | Formação

2011 começa com muita mobilização dos (as) trabalhadores (as)!!


2011 começa com muita mobilização dos (as) trabalhadores (as)!!
Ano Novo; novas batalhas! Após um breve recesso no mês de janeiro, a Secretaria de Formação está retomando a edição de seu Boletim Eletrônico. Neste número 4, abordaremos sobre o Fórum Social Mundial que neste 11º ano de existência está ocorrendo em Dacar, capital do Senegal (África).
Estamos aos poucos corrigindo algumas falhas deste boletim, pois muitos militantes e dirigentes não estavam com o endereço eletrônico correto e, portanto, não receberam as edições anteriores. Quem estiver recebendo esse boletim pela primeira vez, poderá acessar os números anteriores na página do sindicato:
 

Boletim nº1 – https://quimicosp.org.br/noticias/1829/formacao-continuada-da-militancia-desafio-para-a-capacitacao-politica-na-categoria
Boletim nº2 – https://quimicosp.org.br/noticias/1904/viva-a-consciencia-negra-no-brasil
Boletim nº3– https://quimicosp.org.br/noticias/1932/2010-um-ano-de-muitas-conquistas
Boa leitura!!


Origens do Fórum Social Mundial
No final do século XX o “socialismo real”, tal como conhecemos a experiência vivida nos países do leste europeu, estava em crise terminal. O muro de Berlim, símbolo daquele período, caiu em 1989, e ao longo dos anos 1990 os regimes da antiga União Soviética e demais países próximos (Alemanha Oriental, Polônia, Hungria, Bulgária, Tchecoslováquia, Iugoslávia, Albânia, etc) estavam sendo derrubados pelo povo nas ruas.
Naquele contexto, os Estados Unidos – EUA – passaram a ser senhores plenos do planeta em um mundo unipolar (ou seja, sem uma concorrência político-ideológica de qualquer outro país que questionasse e enfrentasse os interesses norte-americanos).


O resultado disso foi a afirmação de uma receita ditada nos EUA para os países latino-americanos conhecida por “neoliberalismo” ou também como “consenso de Washington”. Por essa “receita”, os países deveriam reduzir o Estado enfraquecendo as políticas sociais voltada aos mais pobres (saúde, educação, previdência, trabalho, etc.) e fortalecer sua economia para honrar os compromissos com credores internacionais: banqueiros e especuladores. Um verdadeiro Hobin Wood às avessas: tirar dos pobres e dar aos mais ricos. Tais políticas eram discutidas em determinados fóruns, como o Fundo Monetário Internacional (FMI), o Banco Mundial e o Fórum Econômico Mundial, e eram apresentadas como eminentemente “técnica”, ocultando o conteúdo ideológico que estava embutido nela.


O primeiro protesto contra a globalização neoliberal foi realizado durante uma reunião da Organização Mundial do Comércio (OMC) em 1999, em Seatlle (EUA). O Fórum Social Mundial surgiu em 2001 para ser um contraponto àquele pensamento e começar a articular os movimentos sociais em escala global para, juntos, encontrarmos saídas ao domínio americano. Seu lema – “Um outro mundo é possível” – expressa a bandeira por uma outra globalização.


Ao longo dos anos, o FSM foi se constituindo em uma referência para a articulação dos movimentos em diversos temas. Navegue pela página do FSM – http://www.forumsocialmundial.org.br/index.php?cd_language=1 – para conhecer mais em detalhe suas propostas (ler a carta de princípios) e os principais temas que estiveram no centro dos encontros anuais.
 

Para conhecer o histórico: http://www.forumsocialmundial.org.br/main.php?id_menu=2&cd_language=1
Para conhecer a carta de princípios:
http://www.forumsocialmundial.org.br/main.php?id_menu=4&cd_language=1

O debate no FSM em Dacar – 2011: o que isso tem a ver com o Brasil e o que a CUT tem a dizer sobre isso?
O principal fato que marca esta edição do FSM são os protestos diários contra o governo do Egito, iniciado pouco após a derrubada do regime ditatorial pelo povo na Tunísia, que se espalhou e atingiu outros países da região.

A crise financeira global, iniciada nos EUA em final de 2008 que ainda tem seus efeitos sentidos no mundo inteiro, é outro ponto central nas discussões. Ao invés de rever o papel das instituições globais multilaterais (FMI, Banco Mundial, OMC…), muitos governos vêem como solução um ajuste nas contas públicas, o que implica uma piora no nível de emprego e nas políticas sociais.

João Felício, secretário de relações internacionais da CUT, afirmou em Dacar: “Fortalecer o papel do Estado e radicalizar a democracia para romper com a ditadura do capital especulativo. Nada de cortes nos investimentos públicos para satisfazer o sistema financeiro (…) Mais do que uma crise do sistema financeiro, esta é uma crise da globalização neoliberal, do capitalismo. Mas em vez de darem respostas ao lado dos seus povos, construindo um caminho soberano, de desenvolvimento e distribuição de renda, muitos governos se alinham com o sistema financeiro. Se submetem porque acham que não tem força política para enfrentá-lo ou porque são tutelados por ele. Nós não aceitamos a submissão a quem quer que seja, por isso vamos à luta contra o imperialismo, contra o neocolonialismo, em defesa do desenvolvimento, da vida e da justiça”.

O dirigente da CUT afirmou ainda que “queremos a mudança das organizações internacionais, estruturas que são manejadas ou controladas pelo sistema financeiro, como a Organização Mundial do Comércio (OMC), o Fundo Monetário Internacional (FMI) e o Banco Mundial, que devem passar a responder ao interesse dos nossos países e povos”.
Em função destas questões de combate a crise sem prejudicar os trabalhadores, a CUT intensificará suas ações pela aprovação do salário mínimo com valor de R$ 580,00 e pela correção da tabela de imposto de renda em 6,47%. O Sindicato dos Químicos de São Paulo estará presente em todas as ações chamadas pela CUT!

Você pode acompanhar o FSM em Dacar na área de destaque na página do Sindicato: https://quimicosp.org.br/ ou pela página http://www.ciranda.net/fsm-dakar-2011
 
Plano de Formação – 2011
Já foi elaborada uma primeira versão do Plano de Formação do Sindicato em 2011. O documento ainda será debatido e aprovado em reunião de planejamento que ocorrerá nos dias 17 e 18 de março.
Após cumprir essa etapa, divulgaremos o calendário das atividades deste ano junto com atividades de outras secretarias do Sindicato. Aguarde!
 
O Boletim nº 5 abordará o tema das mulheres, em função da celebração do Dia Internacional no dia 8 de Março.  Se você tem alguma sugestão, envie e-mail para sec.formacao@quimicosp.org.br, ou entre em contato pelo telefone 3209-3811 (ramais 253 ou 254).