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Postado em: 10/03/2011 - 00h00 | Diretoria Colegiada

Muito mais que ganhos econômicos

Reunidos, os trabalhadores do Setor Farmacêutico aprovaram a pauta de reivindicações para a Campanha Salarial 2011. Como de costume, é dada uma importância maior para as questões econômicas. A necessidade de melhores salários e mais benefícios é uma luta histórica que marca o mundo do trabalho. No sistema capitalista não pode ser diferente a reivindicação, a luta de classes passa pelo compromisso de, juntos, os trabalhadores buscarem a melhor apropriação daquilo que produzem.

No entanto, nos últimos anos nota-se uma clara mudança de postura. Os trabalhadores entendem que emprego e salário não são suficientes se vierem carregados de perigos à saúde. Não adianta o emprego que tem assédio moral e, por isso, inviabiliza o trabalho e a vida fora do emprego. Não adianta o emprego que compromete a saúde do trabalhador, isso não tem dinheiro que pague.
 
O afastamento por doença do trabalho preocupa e invariavelmente é ocasionado pela exposição indevida do trabalhador, seja por grande quantidade de trabalho, seja por má qualidade do trabalho, como, por exemplo, atividades repetitivas e exposição a produtos nocivos à saúde. Essa mudança de postura mostra um importante amadurecimento dos trabalhadores.
 
Também revela a importância da organização sindical, que insiste nesse tema já tem algum tempo. Mais do que fazer a luta por salários, discutimos as ofensivas contra trabalhadores, nos posicionamos contra Bancos de Horas, questionamos horas extras, lutamos pela redução das jornadas de trabalho, a luta pelo fim da demissão sem motivo (Convenção 158 da OIT) que teria um impacto na rotatividade da categoria, enfim, queremos muito mais do que ganhos econômicos. Nessa Campanha Salarial, um tema toma destaque: a proteção contra atos antissindicais.
 
Não se pode aceitar que ainda exista perseguição aos trabalhadores por participarem de atividades promovidas pelo Sindicato. Essa perseguição aparece principalmente quando um trabalhador demonstra ter uma liderança natural e, por isso, pode contribuir ainda mais com os seus companheiros. Não faz mais sentido haver perseguição. Assim, propomos que o tema seja disciplinado na Convenção Coletiva.