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Postado em: 15/06/2011 - 00h00 | Diretoria Colegiada

Prisão de 439 bombeiros no Rio de Janeiro assusta o Brasil

A sociedade brasileira está surpresa com o atentado praticado contra os servidores públicos. Salários baixos, péssimas condições de trabalho, falta de leis que protejam o direito de greve e associação sindical, inexistência de negociadores para discutir planos de carreira, não concessão de benefícios (assistência médica, em especial), falta de política de reciclagem e treinamento, entre tantos outros problemas.

E, assim, estamos expostos a escolas, hospitais, segurança pública e outros serviços primordiais administrados pelo Estado, que estão sucateados pelos políticos de uma forma grosseira. Como se sujeitar a um atendimento de saúde de um profissional estressado, mal remunerado e, por isso, por vezes, com várias jornadas de trabalho? A responsabilidade não é do servidor! Para termos ideia da desvalorização imposta pelos governantes, é comum que eles reajustem os salários em 0,01%, apenas para cumprir a lei que exige algum tipo de reajuste. Na cidade de São Paulo (administrada pelo prefeito Kassab) isso varia entre oito e vinte centavos de reajuste para cada funcionário público.

Entre as instituições profissionais, uma tem destaque no Brasil e na maioria dos países: os BOMBEIROS. Crianças e seus caminhões de bombeiros alimentam sonhos de heroísmo. Em qualquer pesquisa, o bombeiro estará em primeiro lugar como ideal de ética e comprometimento. Tanto destaque rendeu no Rio de Janeiro a prisão de 439 bombeiros que participavam de manifestação por aumente o de salários, cujo rendimento líquido não chega a R$ 1 mil.

O governador Sérgio Cabral deixou todo o país comovido com o enfrentamento aos bombeiros. O mundo sindical, em especial, não entende por que tanta resistência em negociar. O acontecido é exemplo de desrespeito ao servidor público. Prender bombeiros com tantos bandidos soltos por aí? Pra quê?

O Sindicato dos Químicos de São Paulo tem uma posição clara em relação ao serviço público. É importante que a cada dia o atendimento à população seja melhorado. A destruição dos serviços públicos só interessa a grupos poderosos que pretendem obter lucros por meio de privatizações. Preservar o serviço público e os trabalhadores do setor é a única maneira democrática de garantir acesso universal à saúde, educação e segurança. Sem funcionário público a cidade, o estado e o país param.