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Postado em: 20/12/2011 - 12h13 | Redação

VI Congresso é sucesso de participação e representatividade

O fim de semana dos dias 9, 10 e 11 de dezembro foi muito especial para os trabalhadores do Sindicato dos Químicos de São Paulo. Cerca de 300 companheiros participaram do VI Congresso dos Químicos de São Paulo. A atividade, realizada na cidade de Embu, aponta os trabalhos que serão realizados pelos próximos 3 anos. O evento foi prestigiado por muitos companheiros do movimento sindical e teve a presença do ministro da Educação, Fernando Haddad.

Os debates realizados discutiram Mulheres, Juventude, Organização no Local de Trabalho e Previdência e Saúde. No domingo, entraram em pauta as emendas propostas ao plano de lutas da categoria, que foram aprovadas com ampla maioria e num consenso próprio do processo de construção das propostas. Destaque para a participação das mulheres, que foi de 43% dos inscritos, demonstrando a força feminina na base.

O ministro da Educação, Fernando Haddad, disse estar muito orgulhoso de participar do Congresso. “Os Químicos de São Paulo têm uma importância que supera a categoria. Os trabalhadores organizados podem muito mais do que melhorar o seu local de trabalho. Podem melhorar o país. Inclusive são os grandes responsáveis pela eleição de um presidente da República operário: Lula.”

O coordenador da Secretaria Geral, João Carlos de Rosis, lembrou o trabalho realizado para chegar até o Congresso. “Fizemos várias plenárias para os trabalhadores apresentarem as propostas. O Congresso é resultado de muito esforço e trabalho dos dirigentes e trabalhadores. Estou muito feliz com as propostas apresentadas e com a retificação de bandeiras de lutas históricas.”

O coordenador de Finanças e Administração, Osvaldo Bezerra da Silva (Pipoka), abriu os trabalhos parabenizando a participação dos companheiros. “Há uma mudança na dinâmica do Sindicato que será notada na próxima direção. A criação de um coordenador político traz uma figura formal para representar o Sindicato dentro e fora da categoria. Revisamos o plano de lutas e agora o trabalho será ainda maior.”

Rosana Souza de Deus, coordenadora da Secretaria da Juventude da CUT Nacional, destacou que “o mais importante no Congresso, e que mantém nossa tradição, é que a categoria participa das instâncias de decisão do Sindicato. Isso faz a categoria mais forte e impulsiona os resultados de todas as nossas lutas. As recentes conquistas salariais que obtivemos são frutos desse histórico”.

Os trabalhadores presentes ficaram empolgados com a estrutura disposta. “É bom ver o respeito que os dirigentes tiveram conosco.”; “O congresso foi discutido em várias etapas e todos puderam opinar.”; “A estrutura democrática do Sindicato é digna de respeito e admiração, quero voltar no próximo.” Essas foram algumas opiniões expressas por delegados da base. Em breve teremos a íntegra das resoluções na internet e em material impresso. Acompanhe!

Mulheres
O VI Congresso marcou o fim da história de uma Secretaria do Sindicato e o começo de outra. A Secretaria de Gênero da entidade foi extinta, dando lugar à Secretaria da Mulher. Para Célia Passos, coordenadora da Secretaria, esse foi um dos principais acontecimentos da atividade.

“A nossa responsabilidade aumentou”, diz Célia, sorrindo. Na opinião da dirigente, todos esses anos a Secretaria de Gênero levou formação até as mulheres da categoria. Sabemos que a denominação “gênero”, engloba homens e mulheres e a Secretaria dava mais ênfase à luta das mulheres, por isso a troca de nomes.

Além desse grande passo, a Secretaria apresentou um histórico de dados da mulher nos ramos químico, cosmético, plástico e farmacêutico. Esses dados puderam dar aos participantes um panorama geral da evolução da mulher no mercado de trabalho. O estudo mostrou que no Setor Farmacêutico as mulheres já representam 52%.

Agora, para o próximo o ano, o objetivo da Secretaria é focar na formação das mulheres. Para Célia, essa é a principal tarefa, pois assim formam mulheres fortes, que sabem dos seus direitos, e, quem sabe, futuras dirigentes.

Saúde e Previdência Social
No último dia do Congresso, os trabalhadores puderam participar de uma palestra que tratou do tema “Saúde e Previdência Social”. A questão foi apresentada por Remigio Todeschini, diretor do Departamento de Políticas de Saúde e Segurança Ocupacional do Ministério da Previdência Social.

Lourival Batista Pereira, coordenador da Secretaria de Saúde e Meio Ambiente do Sindicato, citou a mudança de PPP (Perfil Profissiográfico Previdenciário) como um dos principais temas desse debate. Todeschini apresentou à Casa Civil esse projeto de mudança do documento e em breve ele pode ser aprovado.

Todeschini explicou aos presentes que esse documento é fundamental para a aposentadoria e que hoje em dia ele fica na posse dos empregadores, sem direito de acesso pelos trabalhadores. O objetivo é que o trabalhador tenha acesso ao PPP para que possa denunciar caso esteja preenchido de forma inadequada, evitando assim futuros problemas na hora de se aposentar.

Lourival lembra que 80% dos trabalhadores encontram dificuldades para se aposentar devido a informações incorretas no seu PPP.

Organização no Local de Trabalho
No Congresso, os presentes puderam participar de uma mesa que falou exclusivamente de OLT (Organização no Local de Trabalho). Nela, trabalhadores puderam contar boas experiências que têm nas fábricas em que trabalham.

Antenor Eiji Nakamura, o Kazu, dirigente do nosso Sindicato e coordenador Geral da CNQ, acredita que a troca de experiências foi o ato mais importante que se pôde fazer. “Trabalhadores da Basf, da Bayer, experiências da Altaplast, dos alemães, todas essas falas enriqueceram o debate”, afirma Kazu.

O dirigente disse ainda que a Organização no Local de Trabalho é fundamental para o bom andamento da empresa e que, portanto, não é importante apenas para os trabalhadores. “Os dois lados ganham, é uma questão de cooperação entre as partes”, finaliza Kazu.

Juventude
Na mesa do Coletivo da Juventude, os dirigentes defenderam as bandeiras de luta da CUT, fortalecendo a luta por educação, trabalho, cultura, saúde e sexualidade, participação política, meio ambiente, segurança e direitos humanos, diversidade e políticas afirmativas, entre outros.

Rosana Sousa de Deus, dirigente do nosso Sindicato e secretária Nacional da Juventude da CUT, apresentou as bandeiras defendidas pela CUT em relação à Juventude. Na mesma ocasião, Alex Fonseca, dirigente do Sindicato e membro do Coletivo de Juventude da entidade, garantiu a parceria do Sindicato nas lutas da Central.

Além disso, Alex reforçou a continuidade dos trabalhos do Coletivo. “As atividades que levam informação e formação aos trabalhadores jovens da categoria vão continuar. O Coletivo segue cada vez mais empenhado em dar formação à nossa juventude. Queremos uma juventude atuante”, finaliza o dirigente.