No dia Internacional de Luta das Mulheres, mais de cinco mil ocupam o centro da capital
Na tarde ensolarada do dia 8 de março, o Centro da capital foi tomado por mais de cinco mil mulheres dos movimentos populares, feministas, do movimento sindical e camponesas da Via Campesina e do MST. Neste ano, a pauta de reivindicações do Ato Unificado das Mulheres foi o fim da criminalização dos movimentos sociais, o fim da violência policial, que cada dia mais está à serviço da especulação imobiliária, do agronegócio e dos interesses das elites que comandam o Estado e a cidade de São Paulo, o fim do machismo na sociedade e no mundo do trabalho.
Com palavras de ordem contra o machismo, contra os atos do governo do Estado e do prefeito da capital, as mulheres exigiram respeito e políticas públicas que garantam o acesso das famílias à habitação decente e vagas em creches, saúde, educação e trabalho decente, essenciais para uma vida digna para todas as pessoas.
Como acontece todos os anos, as mulheres do Sindicato dos Químicos marcaram presença junto às mulheres dos sindicatos cutistas e de outras centrais sindicais. O movimento sindical levou para as ruas as reivindicações das mulheres trabalhadoras, como a licença-maternidade de 180 dais, trabalho decente para as trabalhadoras domésticas, o fim do Assédio Moral e sexual, trabalho igual com salário igual, o fim Fator Previdenciário, dentre outras questões.
Para Célia Alves dos Passos, dirigente do Sindicato e coordenadora da Secretaria da Mulher, a participação das trabalhadoras do ramo químico nas manifestações do 8 de março é muito importante porque reforça a luta no chão de fábrica e nos escritórios. “Nossa participação junto com as mulheres dos demais sindicatos, dos movimentos feministas e do MST, além de fortalecer a luta de todas as mulheres na sociedade, reforça também nossa luta no mundo do trabalho contra toda forma de discriminação e preconceito contra a mulher trabalhadora”, destacou Célia.
O dia também foi de celebração das conquistas, como 80 anos do voto feminino no Brasil, a eleição da primeira mulher para presidente do Brasil, a lei Maria da Penha e o crescimento da participação da mulher na sociedade. Para Lucineide Dantas Varjão (Lu), dirigente do Sindicato e secretária de política sindical da CNQ/CUT, o dia é marcado por protestos e celebração de conquistas. “Saímos às ruas para protestar, para exigir respeito, mas também queremos celebrar os 80 anos do voto feminino, celebrar a eleição da primeira presidenta do Brasil, eleita pelos trabalhadores e trabalhadoras, celebrar o crescimento de nossa participação no movimento sindical, nossa participação na política. Claro, ainda temos muito que lutar, pois há muito mais a conquistar, em todos os ambientes”, destacou Lucineide.