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Postado em: 13/12/2012 - 10h22 | Redação

Contra crise, Dilma sugere incentivos ao crescimento

A presidente Dilma Rousseff defendeu ontem a combinação de medidas de austeridade fiscal e de incentivo ao crescimento econômico como receita para superar a atual crise econômica global.

A responsabilidade fiscal é tão necessária quanto são imprescindíveis as medidas de estímulo ao crescimento – disse a presidente durante discurso no “Fórum pelo progresso social: o crescimento como saída da crise”, organizado pelo Instituto Lula e pela Fundação Jean Jaurès, em Paris. – É muito importante a posição da França nesse momento no sentido de apresentar um caminho claro que combine os dois aspectos fundamentais.

A presidente, que está em visita oficial à França, também defendeu a criação de uma “efetiva união bancária” na zona do euro como passo fundamental para superar a crise econômica na região, e alertou que cortes radicais de gastos que gerem uma recessão econômica podem agravar a crise, em vez de resolvê-la.

A recessão econômica e a desordem fiscal tiveram para nós consequências sociais e políticas muito graves – afirmou. – O Brasil sabe, por experiência própria, que a dívida soberana dos Estados e as dívidas financeiras dificilmente são equacionadas num cenário de recessão.

Dilma garantiu que o Brasil tem feito sua parte para combater a crise internacional e tem buscado estimular a expansão da economia, com desonerações de impostos e reduzindo a taxa básica de juros, o que, na avaliação da presidente, tem evitado uma valorização excessiva do real.

O meu país vem fazendo a sua parte, o que nos permitiu desde o início de 2008 diminuir os efeitos da crise global – afirmou. – A nossa contribuição nos próximos meses será uma maior aceleração da economia.

A economia brasileira frustrou as expectativas do governo e do mercado ao crescer apenas 0,6% no terceiro trimestre ante o trimestre imediatamente anterior.