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Postado em: 21/05/2014 - 11h28 | Redação

Plenária debate reforma política

A CUT,  junto com outros movimentos sociais, realizará um Plebiscito Popular por uma Constituinte Exclusiva do Sistema Político, entre os dia 1 e 7 de setembro. O objetivo é a criação de uma Constituinte Exclusiva – grupo que será eleito unicamente para discutir novas regras para o sistema político.

Para abordar as possíveis mudanças que essa consulta popular poderá gerar, aconteceu, nos dias 16 e 17 de maio, a 3ª Plenária Nacional do Plebiscito Popular por uma Constituinte Exclusiva do Sistema Político, que contou com a participação de representantes da CUT, dos  movimentos sociais e de vários outros setores da sociedade brasileira.

O evento serviu como plataforma para que os movimentos sociais reafirmassem a impossibilidade da estrutura política brasileira seguir como está – no Congresso, por exemplo, apesar de serem a maioria da população (51%), as mulheres ocupam apenas 8% das vagas; da mesma forma, 19% dos deputados são trabalhadores, enquanto 49% são patrões.

No atual cenário brasileiro, o principal fator na eleição ou não de um candidato é o poder econômico que o sustenta. Segundo uma pesquisa da Associação dos Consultores Legislativos e de Orçamento e Fiscalização Financeira da Câmara dos Deputados, R$ 1 milhão é o custo para eleger um deputado federal. Dessa forma, debates sobre a paridade entre homens e mulheres no Congresso ou sobre o financiamento público de campanha se tornam urgentes e imprescindíveis para uma mudança real do meio político brasileiro.

“Sabemos o que é enfrentar um Congresso conservador e sem ligação com a classe trabalhadora. Nossa pauta de redução da jornada de trabalho, de reforma agrária, de aplicação das convenções 151 e 158 da OIT não avança porque a bancada dos empresários é maior e mais poderosa. Para que tenhamos uma verdadeira democracia, precisamos que aqueles que produzem a riqueza do país tenham mais espaço nas instâncias de poder”, declarou Douglas Izzo, vice-presidente da CUT-SP.

Entre os diversos pontos levantados durante o evento, um dos principais foi a necessidade de aproximar a população do sistema político, através de uma estrutura que torne possível ao povo identificar-se com seus representantes eleitos e, principalmente, compreender que a política faz parte do cotidiano de cada um de nós. “Tivemos muitos avanços na última década, mas eles só serão aprofundados se tivermos uma reforma política que inverta as prioridades e atenda o povo brasileiro”, avaliou Osvaldo da Silva Bezerra, o Pipoka, Coordenador Geral do Sindicato dos Químicos de São Paulo.