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Postado em: 19/08/2014 - 15h48 | Redação

São Paulo e Rio de Janeiro entramem acordo pela água do Rio Jaguari

São Paulo e Rio de Janeiro chegaram a um acordo sobre os volumes de água que serão liberados nos mananciais que abastecem 15 milhões de pessoas entre os dois estados. Entre as medidas, está o aumento de 10 mil para 43 mil litros por segundo na vazão que a Companhia Energética de São Paulo (Cesp) libera na usina hidrelétrica do Rio Jaguari, em São José dos Campos, para o Rio Paraíba a partir do dia 20 (quarta-feira).

A crise teve início no dia 6, quando a CESP reduziu em um terço o volume exigido pelo ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico) da vazão do Rio. A decisão foi amparada pelo DAEE (Departamento de Águas e Energia Elétrica), órgão paulista, alegando que a prioridade da água seria para abastecimento humano. O Governo paulista alegou ainda que a medida seria uma ação contra o desabastecimento que atinge São Paulo. 

O ONS disse que a decisão da Cesp causaria o “esvaziamento” dos demais reservatórios da bacia, que enfrenta uma das piores estiagens da história, e provocaria “o colapso do abastecimento” de cidades paulistas, mineiras e fluminenses. A medida representa uma derrota para o governo paulista, que pretende fazer transposição de água do Jaguari para a Represa Atibainha, como uma forma de tentar recuperar o Sistema Cantareira.

O acordo foi patrocinado pelo Governo Federal. “Produzimos um acordo. Estamos assegurando as condições de abastecimento”, disse a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, em entrevista ao Jornal Estadão, após reunião realizada durante toda a tarde desta segunda-feira com representantes dos governos federal e de Rio, São Paulo e Minas. Segundo ela, as decisões tomadas não teriam implicações sobre a geração de energia elétrica.