O candidato à presidência Aécio Neves (PSDB) ainda não assinou a carta-compromisso contra o trabalho escravo contemporâneo, documento redigido pela Comissão Nacional para a Erradicação do Trabalho Escravo (Conatrae) que visa garantir prioridade à questão pelo futuro governo. No primeiro turno, Dilma Rousseff (PT), Marina Silva (PSB), Luciana Genro (Psol) e Eduardo Jorge (PV) firmaram o compromisso, aceitando as 12 metas sugeridas pela Conatrae, como não promover empresas, dentro ou fora do país, que já tenham utilizado mão de obra escrava ou infantil e, ainda, proteger a definição de trabalho análogo ao de escravo existente no artigo 149 do Código Penal – que sofre ataques da bancada ruralista no Congresso.

Para o frei Xavier Plassat, coordenador da campanha contra o trabalho escravo da Comissão Pastoral da Terra (CPT), não surpreende a falta de manifestação sobre o tema do candidato tucano, que, na visão de Plassat, tenta atrair os votos dos setores mais reacionários do país. “É uma representação bem cabal do que representa a sua candidatura. Minas Gerais é um estado que não se pode alegar que não está sabendo dessa questão. Em 2014, é o estado que lidera os casos de trabalho escravo e de trabalhadores libertados”, afirmou.