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Postado em: 22/10/2014 - 11h12 | Redação

Presidente da ANA critica ação da Sabesp

Em audiência na Assembleia Legislativa de São Paulo, o presidente da ANA (Agência Nacional de Águas), Vicente Andreu, declarou que a utilização da segunda cota do volume morto no Sistema Cantareira garantirá água até março de 2015, porém, não haverá a possibilidade de se recorrer a uma terceira cota. “Eu acredito que tecnicamente será inviável. Do ponto de vista ambiental, essa água terá problema. Se a crise se acentuar é bom que a população saiba que não haverá alternativa a não ser ir no lodo”, declarou, também criticando o plano que a Sabesp apresentou para exploração do volume morto, por não equilibrar a retirada de água ao aumento ou diminuição das reservas.

“Agora, a quantidade de água que nós temos nos reservatórios é tão pequena que qualquer problema que a gente venha a ter no futuro, a Sabesp não terá controle sobre o sistema de distribuição de água. Portanto, as medidas restritivas tem que ser feitas quando você tem condição de atuar e não quando você perde o controle absoluto”, analisou Andreu. Até o momento, a única medida realizada pelo governo para enfrentar a crise foi o bônus para consumidores que economizassem água, instituído em março. A prática, contudo, gerou perdas de R$ 1,3 bilhão na Sabesp, e pretende-se compensar o valor através de reajuste na conta dos consumidores – procedimento que, para Carlos Tadeu de Oliveira, gerente técnico do Idec ( Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor), seria ilegal.

Ainda sobre a crise de abastecimento em São Paulo, a presidenta Dilma Rousseff (PT), na última segunda-feira (20), lembrou do apagão elétrico de 2001 e 2002 – durante a presidência de Fernando Henrique Cardoso – e criticou o modelo de gestão representado pela política do PSDB. “Aqui em São Paulo, mais uma vez, se mostram as consequências da visão contra o investimento planejado, que não tem responsabilidade com a questão pública do abastecimento fundamental para a população. A energia elétrica é um caso, a água é outro”, apontou.