SINDICATO NO WHATSAPP

Notícias

Voltar
Postado em: 12/11/2014 - 12h59 | Redação

Frente nacional faz manifesto em apoio à relatora da ONU

Após críticas do governador Geraldo Alckmin à relatora especial da ONU para o Direito à Água e ao Saneamento, Catarina de Albuquerque, a Frente Nacional pelo Saneamento Ambiental divulga manifesto, com o apoio de dezenas de entidades (veja abaixo).

Depois de passar meses negando a crise da água o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, na segunda quinzena de outubro, enviou um duro ofício ao secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, cobrando que a entidade corrija suas conclusões sobre a crise da água no Estado. 

A motivação do Governador foi a visita da portuguesa Catarina de Albuquerque, Relatora Especial para Água e Saneamento da ONU a São Paulo em agosto último. Na ocasião, a relatora afirmou que a crise era responsabilidade do governo estadual e apontou como uma das razões da crise, a falta de investimentos no setor. 

Manifesto da Frente Nacional pelo Saneamento Ambiental

A Frente Nacional pelo Saneamento Ambiental vem por meio deste manifestar total solidariedade à Relatora Especial da ONU para o Direito à Água e ao Saneamento, Sra. Catarina de Albuquerque, em razão do ofício enviado pelo Governador do Estado de São Paulo, Geraldo Alkmin ao Secretário Geral da ONU, Ban Ki-moon em que pede “correção” das declarações da relatora que, em visita a São Paulo no mês de agosto último, atribuiu como motivo da crise hídrica por que passam os paulistas a inoperância do Poder Público, em especial do Governo do Estado. 

Lamentamos o fato do Governador, que em vez de procurar soluções para a crise de água que afeta as Regiões Metropolitana de São Paulo e Campinas, sobretudo as populações mais pobres, busca inquirir e condenar autoridades federais, parlamentares, entidades populares e sociais e todos aqueles que ousam dizer que a trágica situação que se instala com a escassez de água é responsabilidade do atual Governo que não tomou as medidas necessárias, depois de 20 anos no comando do Estado de São Paulo. 

Acreditamos que a visita da Relatora, bem como suas afirmações se coadunam com a função exercida por ela, que é de defender água como direito humano fundamental e qualquer situação em que se configure seu cerceamento, caracteriza-se como violação de direitos.