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Postado em: 15/12/2014 - 12h40 | Redação

Diálogo de Dilma com movimentos não será opcional

Durante a última reunião da Direção Nacional da CUT em 2014, na quinta-feira (11), o presidente do PT, Rui Falcão (convidado para o encontro), afirmou que, para enfrentar o Congresso Nacional mais conservador que tomará posse no próximo ano, o governo federal terá de se aproximar do movimento sindical, permitindo que a classe trabalhadora participe não apenas do Ministério do Trabalho, mas também da condução da política econômica no país. “Nos últimos 12 anos, junto com a ascensão social, com distribuição de renda e com a queda da desigualdade, também tivemos os lucros para banqueiros e capitalistas. Agora, para manter conquistas, a valorização salarial e conquistar direitos, alguém vai ter de perder ou ganhar menos e temos de ter cuidado para que a perda não venha para cima de nós”, analisou.

Falcão ainda afirmou que o PT tem o compromisso de cobrar da presidenta um debate em torno das demandas dos trabalhadores, como o fim do fator previdenciário, a redução de jornada para 40 horas semanais sem redução de salário, a valorização permanente do mínimo e a reforma tributária, além da reforma política. “A eleição trouxe a consciência à Dilma de que o governo deve ser mais aberto ao diálogo, não só com os excluídos, mas também com os representantes dos excluídos. O trajeto será difícil, mas a única alternativa para o governo é avançar”, declarou o ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, também presente na reunião.