Privatização da Sabesp gera perda de R$ 4,5 bilhões
A privatização da Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo), capitaneada pelo governo Tarcísio de Freitas, foi concluída em 22 de julho. A venda do patrimônio público contabilizou perdas de pelo menos R$ 4,5 bilhões aos cofres estaduais; quase um terço dos R$ 14,8 bilhões arrecadados com a privatização.
A conta considera o valor pelo qual as ações da companhia de água e esgoto foram vendidas e a atual cotação do papel na bolsa de valores. Na privatização as ações foram comercializadas a R$ 67, enquanto na mesma data as ações na Bolsa de Valores estavam cotadas a R$ 87.
Um estudo do Sindicato dos Trabalhadores em Águas, Esgoto e Meio Ambiente do Estado de São Paulo (Sintaema) encaminhado ao Tribunal de Contas do Estado de São Paulo (TCE) indica que cada ação da Sabesp vale R$103,90. Considerando esse preço, o governo paulista abriu mão de cerca de R$ 8 bilhões.
O Sindicato, junto com o Observatório Nacional dos Direitos à Água e ao Saneamento (ONDAS), entrou com representações no Tribunal de Contas do Estado de São Paulo (TCE-SP) e Ministério Público de São Paulo (MP-SP) contra o processo de privatização da Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo).
O Sindicato denuncia a venda do patrimônio paulista sem concorrência, por um valor irrisório e a entrega da administração da água para uma empresa sem experiência, a Equatorial – holding do ramo de energia.
O temor é que a Equatorial transforme o ótimo serviço oferecido pela Sabesp em uma nova Enel SP, que coleciona apagões e reclamações.
Nosso Sindicato também sempre se posicionou contra a privatização da Sabesp, pois entende que a água é um patrimônio público e que a privatização deve encarecer muito este serviço essencial para os trabalhadores.