Saúde mental e trabalho é tema de livro
A pressão no trabalho por produção e o constante medo do desemprego tem adoecido os trabalhadores. No Brasil, paralelamente a esses dois fatores, o corte de direitos na legislação trabalhista e as mudanças das regras previdenciárias precarizam muito a situação do trabalhador e agravaram ainda mais a situação.
De acordo com a International Stress Management Association (Isma-BR), no Brasil, em 2019, 32% dos trabalhadores sofriam com os efeitos do estresse, tendo como uma das primeiras manifestações a Síndrome de Burnout (esgotamento emocional e profissional com a perda do sentido do trabalho).
O assunto é tema do livro “Saúde Mental e Trabalho no Serviço Público, que será lançado em fevereiro – inicialmente entre os Servidores Municipais da Cidade de São Paulo. O livro conta com a participação dos pesquisadores da UNB, Wanderley Codo, Remígio Todeschini, e Analía Batista. O livro está disponível aqui.
Airton Cano, coordenador político da Fetquim, ressalta a importância desses estudos: “a questão de saúde mental está também muito presente entre trabalhadores do setor químico, como foi divulgado em junho de 2020, em uma pesquisa feita sobre trabalho em turnos entre a UNB e Fetquim. A conscientização sobre o assunto é essencial para que possamos garantir melhores condições de trabalho e práticas que favoreçam a qualidade de vida nos ambientes de trabalho”, afirma.
André Alves, secretário de Saúde, da Fetquim, salienta que quanto maior a jornada, como acontece na atividade de turno, maiores são os problemas de saúde mental para os trabalhadores. “Com menos folgas, os trabalhadores ficam mais sujeitos aos problemas mentais”, explica.
No caso químico, na 5ª. turma, com mais folgas, os problemas mentais diminuem, como revela a pesquisa da UNB/Fetquim, divulgada recentemente.