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Postado em: 03/12/2020 - 14h41 | CUT

Padilha defende vacinação em massa no Brasil

O anúncio feito pelas autoridades do Reino Unido, nesta quarta-feira (2) de vacinação em massa da população contra o novo coronavírus (Covid-19) foi uma notícia “fantástica”, disse o deputado federal Alexandre Padilha (PT-SP), em entrevista a Glauco Faria, no Jornal Brasil Atual.

“Nos traz esperança”, comentou Padilha, que é médico infectologista, alertando que a vacinação em massa é fundamental.

O Reino Unido aprovou a vacina contra a Covid-19 produzida pela Pfizer e BioNTech, que tem eficácia de 95%, segundo estudos divulgados em novembro pelas farmacêuticas. Ao todo, 10 milhões de doses poderão ser usadas ainda neste ano pelo NHS, o serviço de saúde pública do país. A previsão do governo é de que a vacinação tenha início já na próxima semana. O anúncio foi realizado pelo ministro da Saúde, Matt Hancock, que classificou a notícia como “fantástica”.

O primeiro lote deverá imunizar, em um primeiro momento, os profissionais de saúde, assim como idosos e pessoas vivendo em casas de repouso, incluindo os funcionários.

Apesar disso, o Brasil não deve utilizá-la. Nesta terça (1º), o Ministério da Saúde informou que serão incluídas no Plano Nacional de Imunização as vacinas que “fundamentalmente” sejam termoestáveis e armazenáveis em temperaturas de 2ºC a 8ºC. O anúncio sugere que a vacina da Pfizer não deve fazer parte do plano do governo, por não se encaixar no perfil. O imunizante precisa ser mantido a -70ºC.

As barreiras para a vacina

De fato, segundo Padilha, essa “não é uma vacina de uso fácil, por exemplo, para os programas de unidades de saúde, nos postos de saúde, porque ela precisa de um tipo de refrigeração que é muito difícil de ter nesses locais”. No entanto, o ex-ministro da Saúde pondera que as baixas temperaturas para o armazenamento desta e de outras vacinas não deveriam ser um obstáculo para a aquisição de imunizantes no plano do governo federal.

Há, segundo ele, equipamentos de refrigeração no sistema hospitalar do país, nos bancos de sangue, com potencial para atender essas condições especiais. “Você consegue acondicioná-la em grandes hospitais, Há equipamentos de refrigeração que seriam necessários para armazenar uma vacina como esta”, afirma o deputado.