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Postado em: 13/10/2020 - 12h35 | Redação

Brasil terá pior PIB mundial em 2021

O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil terá uma queda de 5,9% neste ano e alta de 3,6% em 2021 – o pior crescimento do mundo, de acordo com previsão do Institute of International Finance (IIF), que reúne 450 bancos e fundos de investimento em 70 países. Em média, o PIB mundial deverá ficar no próximo ano em 5,3%, enquanto os países da América Latina deverão responder por 3,8%.

A pandemia do novo coronavírus afetou a economia mundial, porém, no Brasil ela já vinha em queda desde 2019, graças ao governo Bolsonaro.

De acordo com o  economista Marcio Pochmann, em 2019 o país teve um desempenho abaixo de 2018, quando o governo Michel Temer instituiu o Teto de Gastos Públicos que congelou por 20 anos os investimentos públicos e fez a reforma Trabalhista, alegando que geraria 6 milhões de empregos, o que não ocorreu.  Na sequência, o governo Bolsonaro aprovou a reforma da Previdência  e, novamente penalizou os trabalhadores.

No ano passado, o Produto Interno Bruto (PIB) ficou em apenas 1,1%, o menor crescimento desde o fim do governo Dilma, em 2016. No segundo trimestre deste ano a queda foi de 11,4% em relação ao mesmo trimestre de 2019 e de 9,7% em comparação com o primeiro trimestre de 2020.

“O Brasil já iniciou o primeiro trimestre deste ano, antes da pandemia com crescimento negativo. A pandemia só aprofundou a trajetória de queda do crescimento. Por isso que a nossa economia é diferente dos demais países, nós já vínhamos num processo de desaceleração”, diz Pochmann .

Para ele, a crise pode perdurar se o governo não tomar medidas de aquecimento do mercado interno. Pochmann se preocupa com o fim do auxílio emergencial de R$ 600,00 e outras medidas que foram tomadas pelo “orçamento de guerra”, aprovado pelo Congresso que permitiu ao governo federal utilizar um estímulo fiscal equivalente a 8% do PIB, porque no orçamento de 2021 a proposta de Bolsonaro não prevê essa excepcionalidade.

“ O orçamento do governo para o próximo ano poderá vir a ser 8% menor do que o deste ano. Sem estímulo fiscal, acho difícil recuperar a economia”, alerta  Pochmann.

*Com informações da CUT