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Postado em: 10/10/2019 - 18h51 | CUT

Informais e desempregados estão na pauta da CUT

O 13º Concut que se encerra hoje (10), discutiu incluir na pauta da CUT mudanças na forma de atuação sindical. Tradicionalmente a Central defende os assalariados com carteira assinada, mas a proposta é que passe a representar também desempregados e contratados sem carteira assinada. 
A proposta foi feita durante os debates da mesa “Sindicatos fortes, direitos, soberania e democracia”, formada pelo presidente da CUT,  Vagne Freitas, a vice-presidenta da entidade Carmen Foro, o secretário de Relações Internacionais, Antonio Lisboa e pelo ex-ministro das Relações Exteriores do governo Lula, Celso Amorim.
Nos momentos mais dramáticos para o país e para a classe trabalhadora, quando o Brasil parou para assistir a articulação política, midiática e jurídica do golpe que destituiu a presidenta Dilma Rousseff e colocou em seu lugar um presidente afinado com os empresários e os banqueiros, disposto a tirar direitos sociais e trabalhistas, a CUT foi capaz de dialogar em conjunto com os movimentos sociais, importantes instrumentos para a luta coletiva, como as frentes Brasil Popular e Povo sem Medo, resgatando a verdadeira luta de classes, analisou Carmen Foro.
Para a dirigente, é preciso responder no próximo período a uma pergunta chave, quem a CUT vai representar? Ter claro que a disputa a fazer é uma disputa de projeto de Nação e a chave para isso é a defesa das riquezas do país, das estatais, e da democracia.
“Defender a democracia é defender a liberdade de Lula, sem tornozeleira, porque Lula é inocente e quem tramou contra ele é que deve ir para a cadeia. Nossa luta também é por soberania, defender a soberania da Amazônia, nossas empresas estratégicas de energia e petróleo. Tudo isto é uma questão de vida e morte, assim como a luta incansável da unidade da classe trabalhadora para a garantia de direitos e para enfrentar a destruição da educação no país que vem sendo feita pelo governo de Jair Bolsonaro”.
Mulheres no centro do debate
Carmen Foro também disse que estava ali compondo a mesa de debates não como representante da CUT, mas como representante das mulheres que precisam ser ouvidas diante da conjuntura de desmonte, do conservadorismo e da economia à beira do caos e das tentativas de destruição da organização sindical.
“Esta conjuntura coloca os jovens, mulheres e negros sob ataque deste governo. Não é à toa que a violência contra a mulher tem crescido neste governo. E por isso, é impossível debater a conjuntura onde essas questões não estejam no centro do nosso diálogo”, afirmou a dirigente.
Para Carmem, até mesmo a questão da Amazônia, que, segundo ela, vem sendo vendida ao capital estrangeiro, deve ser debatida sob o ponto de vista das mulheres, já que são elas as primeiras a serem prejudicadas diante de uma crise e as primeiras a perderem seus empregos quando há desmonte de políticas públicas.
“A Amazônia brasileira sendo vendida, o Estado brasileiro sendo desmontado, com a venda das estatais, o fim de políticas públicas. Tudo isso prejudica imensamente as mulheres no mercado de trabalho. Não dá pra falar da classe trabalhadora somente vendo um sexo. A classe trabalhadora tem dois sexos”.
A dirigente lembrou que o Brasil é o país das desigualdades, de menor salário para as mulheres e a CUT deve lembrar diariamente de participar deste  debate.