Dia 7 de setembro todos na rua de luto
Sindicatos de todo o Brasil já declararam apoio ao Grito dos Excluídos, que acontece sábado, 7 de setembro, e a mobilização cresce dia após dia.
Estudantes de todo o Brasil também estão chamando a população para sair as ruas de luto neste dia. A ideia é que todos pintem os rostos de verde e amarelo e usem roupas pretas em protesto a situação do país, ao desmonte da educação, a destruição da Amazônia e a reforma da Previdência.
A mobilização é uma reação da população a declaração de Bolsonaro, que chamou o povo para ir às ruas no dia 7 de camisa verde e amarela. “Nós já estávamos convocando o ato do dia 7 como mais um dia em defesa da educação e em defesa da Amazônia, contra as queimadas, que vai se somar ao Grito dos Excluídos. Com essa declaração do Bolsonaro, a gente revive um pouco do que aconteceu na época em que o [ex-presidente Fernando] Collor fez a mesma convocação, e os estudantes foram às ruas de caras pintadas”, explica Julia Aguiar, diretora de políticas educacionais da UNE no Rio de Janeiro.
A estudante se refere às manifestações de rua de 1992 que precederam o impeachment do então presidente da República.
“A ideia de ir de camisa preta é pelo luto em relação à forma como o governo tem tratado a população brasileira, mas resgatando os símbolos nacionais com as nossas caras pintadas de verde e amarelo. Para nós, é um erro que o símbolo nacional fique nas mãos daqueles que querem entregar a Amazônia e a educação”, completa Aguiar.
Esta é a quarta manifestação nacional contra as políticas do presidente Jair Bolsonaro (PSL) e seu ministro da Educação, Abrahan Weintraub, para o setor. As anteriores, em 15 de maio, 30 de maio e 13 de agosto, levaram milhões de pessoas às ruas de todo o país.
Em São Paulo, a concentração do Grito dos Excluídos acontece na Praça Osvaldo Cruz, no Paraíso, a partir das 10 horas.