Sindicato promove aula pública sobre reforma da Previdência
O Sindicato promoveu uma aula pública sobre a reforma da Previdência em frente ao mercadão de São Miguel Paulista, no último sábado, dia 11. A iniciativa foi sucesso de público, e a coleta de assinaturas muito produtiva.
De acordo com o coordenador geral da entidade, Helio Rodrigues, é preciso ocupar os espaços públicos e explicar para a população o que realmente está em jogo caso essa reforma seja aprovada. “O governo só diz o que lhe convém. Quando explicamos, todo mundo entende. Só há um jeito de ganhar essa batalha: ir para as ruas”, defende.
Durante o evento, a assessora do Sindicato, Marilane Teixeira, explicou que a reforma proposta por Bolsonaro retira vários direitos dos trabalhadores e praticamente inviabiliza o acesso às aposentadorias, mas não acaba com as distorções. “A reforma tributária, sim, seria uma saída justa para acabar com as distorções”, diz Marilane.
Principais mudanças na Previdência
Idade mínima – 65 anos para homens e 62 para mulheres.
Tempo de contribuição – 40 anos para receber uma aposentadoria igual à média de todos os salários. O tempo mínimo para se aposentar passa a ser de 20 anos, mas com apenas 60% da média dos salários.
BPC (Benefício de Prestação Continuada) – O benefício (destinado a idosos em situação de miséria) será reduzido para R$ 400, podendo chegar a um salário mínimo somente quando o idoso tiver 70 anos de idade.
Salário menor que o mínimo – A reforma permite que as regras sejam alteradas a qualquer momento por lei complementar e facilita a aprovação de benefícios menores que o valor do salário mínimo (hoje proibida pela Constituição).
Capitalização – Pelo novo sistema, o trabalhador contribui individualmente para sua aposentadoria, numa espécie de conta poupança. Não há garantia futura do valor que será recebido e a conta ficará sujeita às oscilações do mercado.