CUT completa 35 anos
Em plena ditadura militar, em 28 de agosto de 1983, nascia a CUT (Central Única dos Trabalhadores).
O país estava mergulhado numa crise econômica e política, o desemprego era assustador, a inflação batia 150% ao ano e a dívida externa era de mais de US$ 100 bilhões. Nesse contexto mais de cinco mil trabalhadores se reuniram no galpão da extinta companhia cinematográfica Vera Cruz, em São Bernardo do Campo, e fundaram a Central que hoje é a maior do país e da América Latina e a quinta maior do mundo.
Naquele dia o plano de lutas aprovado exigia o combate a política econômica do governo, o fim do desemprego e o fim do regime militar, dentre outras reivindicações.
Hoje, 35 anos depois, a CUT enfrenta novamente um período de Estado de Exceção e luta contra um golpe que retirou do governo uma presidenta legitimamente eleita, Dilma Rousseff. Também luta pela liberdade do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, mantido como preso político há mais de quatro meses.
“Nascemos do enfrentamento que ajudou a derrubar a ditadura militar e deu início à redemocratização deste país. Construímos tanto, que o atual golpe, em vez de destruir, fortaleceu ainda mais a Central Única dos Trabalhadores, que está à frente de todos os enfrentamentos contra os ataques aos direitos sociais e trabalhistas”, diz o presidente CUT, Vagner Freitas.
Com 3.980 entidades filiadas, 7,9 milhões de trabalhadores associados e 25,8 milhões em toda a base, “a CUT segue sendo importantíssima para o Brasil, porque é uma instituição nascida da luta em defesa da democracia, e não há democracia sem a CUT e seus sindicatos, garantindo que a voz da classe trabalhadora seja ouvida e respeitada”, diz Vagner, que ressalta: “a CUT nunca deixará de fazer a defesa da classe trabalhadora, nosso compromisso histórico desde a fundação”.
*Com informações da CUT