Químicos definem rumo da Campanha Salarial
As negociações com a bancada patronal já têm data marcada: acontecem nos dias 20 e 27 de outubro, por isso os trabalhadores do setor químico se reúnem em 1º de novembro (quarta-feira) para discutir a proposta e definier os rumos da Campanha Salarial 2017.
A pauta deste ano reivindica a reposição da inflação e um aumento real de 5%; piso de R$ 1.630 e PLR (Participação nos Lucros e Resultados) mínima de R$ 2.000. Além disso, o eixo central da campanha é a luta pela garantia de direitos e a renovação da Convenção Coletiva de Trabalho por dois anos.
Também inclui duas cláusulas novas, que visam contrapor a reforma trabalhista: a proibição de gestantes em locais insalubres e a garantia de homologações nos sindicatos. “Gestantes trabalhando em local insalubre e em contato com produtos químicos é uma temeridade, e a reforma promovida por Temer permite isso. A reforma também extingue a obrigatoriedade da homologação no Sindicato, deixando o trabalhador vulnerável”, observa Nilson Mendes, diretor do Sindicato e da Fetquim (Federação dos Trabalhadores do Ramo Químico).
As negociações deste ano envolvem as cláusulas econômicas e sociais e contemplam 180 mil trabalhadores dos sete sindicados que negociam conjuntamente – São Paulo, ABC, Campinas, Osasco, Vinhedo, Jundiaí e São José dos Campos –, sob coordenação da Fetquim.
Pauta de reivindicações da Campanha Salarial 2017
Cláusulas sociais
Convenção Coletiva de Trabalho: renovar as cláusulas sociais por dois anos
Cláusulas econômicas
Piso: R$ 1.630
Reajuste salarial: INPC (inflação) + 5% de aumento real
Participação nos Lucros e Resultados: R$ 2.000
Cláusulas novas
Proibição do trabalho de gestante em local insalubre
Homologações nos sindicatos dos trabalhadores