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Postado em: 24/05/2006 - 16h40 | Redação

Violência: descaso do Estado

O Estado viveu dias de terror, especialmente na segunda-feira (15/05), dia em que os ataques às bases das forças de seguranças, ônibus e locais públicos foram intensificados pelo PCC (Primeiro Comando da Capital) cujos líderes, de dentro dos presídios, inclusive de segurança máxima, coordenaram as atividades.

Desde a sexta feira (12/05), até a noite de segunda-feira (15/05), foram mais de 330 ataques. Mais de 40 pessoas (policiais militares, civis, agentes penitenciários, guarda civil metropolitana e cidadãos comuns) foram assassinadas. Já passa de 100 o número de “suspeitos” mortos pela polícia.

Organização responsável por essa onda de violência, o PCC existe há pouco mais de 10 anos e já protagonizou outros ataques de menor intensidade. Esta, no entanto, superou qualquer estatística sobre as ações do chamado crime organizado em São Paulo.

Resultado da falta de política de segurança pública eficiente e da falência do sistema prisional, o Estado tornou-se refém do PCC, com o governo se rendendo às suas exigências.

Em São Paulo, a Polícia Militar recebe o segundo menor salário do país; está à frente, apenas, do Estado do Tocantins. Além disso, há o descaso das autoridades com os problemas sociais. Nos 12 anos de desgoverno do PSDB o que se viu foi o sucateamento da educação e da saúde pública, entre outros serviços.

Ausência de políticas públicas

Segue trechos da nota da CUT/SP sobre a onda de violência em São Paulo

Nos últimos dias, o Estado de São Paulo vem vivendo uma onda de terror e insegurança.
Esse quadro caótico que envergonha e aterroriza a sociedade brasileira é fruto de 12 anos de “desgoverno” na área da segurança pública, o abandono das políticas sociais e públicas.

Há 12 anos, a CUT/SP denuncia essa política de “estado mínimo” que, além de não priorizar políticas de inclusão social, privatizou empresas importantes, demitiu e precarizou as relações de trabalho e, o que é pior, empobreceu São Paulo, que perdeu o posto de principal vitrine econômica do país.

Hoje, o que a sociedade assiste pelos meios de comunicação é a inoperância e incompetência administrativa e política desse governo, que procura apenas criminalizar os movimentos sociais.

Direção Executiva da CUT/SP