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Postado em: 05/04/2022 - 12h31 | Redação

Sindicato mapeia indústria química e farmacêutica e lança livro sobre o tema

O lançamento do livro A Indústria Química no Estado de São Paulo: Panorama e Perspectiva, ontem (4 de abril), contou com a presença do pré-candidato ao governo de São Paulo, Fernando Haddad (PT), de  parlamentares e também de representantes do Ceag-10 e do Sindusfarma (sindicatos patronais).

O livro traz uma extensa pesquisa sobre os setores químico e farmacêutico e aponta caminhos para a indústria no Estado de São Paulo. “Nosso objetivo é levantar a discussão e contribuir com o poder público no sentido de incrementar a industrialização do setor”, explica Hélio Rodrigues, presidente do Sindicato.

A pesquisa foi organizada  por Marilane Teixeira, economista, pesquisadora do CESIT/IE e assessora econômica do Sindicato que assina o livro junto com  Hélio Rodrigues, presidente da entidade.

A pesquisa mapeou os movimentos e investimentos dos segmentos químico e farmacêutico na atual conjuntura, investimentos em sustentabilidade, tecnologia e geração de empregos, dentre outros aspectos.

Dentre os vários números apresentados, o estudo mostra o crescimento mundial do segmento; que pode ser atribuído ao aumento da demanda de indústrias de uso final, como agricultura, papel e celulose, produtos farmacêuticos e cuidados pessoais e cosméticos, entre outros.

Um exemplo é a importação de produtos químicos básicos, fertilizantes e compostos nitrogenados, plásticos e borracha sintética em formas primárias no Estado de São Paulo que cresceu de US$ 8,992 em 2020 para US$ 12,506 bilhões em 2021.

Também aponta a importância de incentivos para o setor, vinculados a geração de empregos. Os dados mostram que entre 2015 e 2020 o Brasil perdeu 36,6 mil estabelecimentos industriais e somente em 2020 foram encerradas 5,5 mil empresas industriais, com isso milhares de empregos desapareceram e dificilmente serão recuperados, mesmo com a retomada da atividade econômica.

No final de 2014 tinha-se 13.366.326 pessoas trabalhando na indústria, esse número caiu para 12.165.764 em 2019 e 10.914.481 em 2020, ou seja, entre 2014 e 2020 o emprego na indústria reduziu em 18,3% e, entre 2019 e 2020, a queda foi de 10,3%.

Além disso, o emprego na indústria vem perdendo peso na composição total, representava 14,4% em 2014 e caiu para 12,6% em 2020.

A força de trabalho na indústria também é expressão de uma grande diversidade, com terceirizados, informais, contratos autônomos, MEI´s e PJ´s.  “São trabalhadores sem direitos, proteção social e sem o benefício do instrumento coletivo assinado pelo Sindicato. Além disso, a pesquisa aponta diferenças salariais importantes entre gênero e raça; uma realidade que precisa mudar”, defende Rodrigues.

Confira a pesquisa completa no link: https://quimicosp.org.br/publicacoes/livro-2/

Fotos: Jordana Mercado