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Postado em: 06/11/2017 - 10h04 | Redação

Químicos garantem direitos e reposição da inflação

As negociações deste ano foram bem complicadas. Os patrões chegaram à primeira rodada de negociações com uma lista de mais de 15 itens que queriam alterar para pior na nossa Convenção Coletiva, já pautados pela nova lei da reforma trabalhista, que entra em vigor em 11 de novembro.

Depois de muita negociação, numa segunda rodada, realizada em 27 de outubro, os químicos conseguiram garantir a renovação integral da Convenção Coletiva por mais um ano e um reajuste que garante a reposição da inflação, de acordo com o INPC/IBGE (Índice Nacional de Preços ao Consumidor, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) em todos os salários (até o teto de R$8.200) e na PLR (Participação nos Lucros e Resultados).   

Também ficou acertado incluir na Convenção o compromisso de instauração de uma comissão bipartite (patrões e trabalhadores) para, ao longo de 2018, discutir os impactos das mudanças previstas com a entrada em vigor da nova legislação trabalhista.

Categoria aprova

Os trabalhadores do setor compareceram em peso à assembleia realizada no dia 1º de novembro, véspera de feriado, e referendaram o resultado das negociações. “A Convenção Coletiva renovada é o nosso maior trunfo. É a certeza de que nossos direitos estão garantidos”, avalia Osvaldo Bezerra, coordenador geral do Sindicato. De acordo com o sindicalista, neste momento, esse é um importante avanço.

Por outro lado, o trabalhador espera avanços financeiros, mas com a inflação baixa o índice também fica achatado. “Já esperávamos por isso. A inflação está estagnada em função da recessão. Repusemos a perda real, mas em 12 anos é a primeira vez que não temos nenhum percentual de aumento real”, avalia Bezerra.

De acordo com o sindicalista, todos têm consciência da situação econômica e política do País e essa negociação mostrou maturidade entre patrões e trabalhadores.

Confira:

Reajuste salarial

INPC integral até o teto.

PLR mínima

Até 49 trabalhadores: atual R$ 930 (+ reajuste pelo INPC).

Acima 50 trabalhadores: atual R$1.030 (+ reajuste pelo INPC).

Teto para reajuste

 R$ 8.200 (antes era R$ 7.929,13, o reajuste foi de 3,4%).

Manutenção da atual Convenção Coletiva por 12 meses

Também foi fixado o compromisso de instauração de comissão bipartite para discussão dos impactos da nova legislação trabalhista.

 

* O INPC deve ser divulgado em 10 de novembro e a expectativa é que fique em torno de 1,85%.   

Fotos: Eduardo Oliveira