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Postado em: 13/10/2022 - 18h37 | Redação

Patrões querem reduzir direitos e por isso votam em Bolsonaro

Aumentou muito o número de ameaças feitas por empresários e prefeitos que apoiam Bolsonaro (PL), de que haverá demissões em massa e que empresas irão fechar, se o ex-presidente Lula (PT) vencer o segundo turno da eleição presidencial marcada para o próximo dia 30 de outubro (domingo).

A realidade é que uma parcela do empresariado brasileiro quer aprofundar ainda mais a reforma trabalhista, que retirou mais de 100 itens da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

A eleição de Bolsonaro garante aos patrões não apenas a manutenção das regras da reforma trabalhista, mas deve aprofundar ainda mais a retirada de direitos.

O vice-presidente da CUT Nacional, Vagner Freitas alerta que a reeleição de Bolsonaro significa dar aos patrões a chance de acabar com os direitos que ainda sobraram depois do golpe de 2016, que retirou Dilma Rousseff (PT) da presidência da República.

“O golpe de 2016 foi feito para que os trabalhadores perdessem direitos; para acabar com o papel dos sindicatos, impedindo negociações coletivas. Por isso que entendemos que essa eleição presidencial é a eleição de nossas vidas. O empresariado quer empregos sem direitos”, afirma

Como denunciar coação eleitoral

A lei é clara, é proibido patrão pressionar o trabalhador a votar em quem ele indica. Para impedir que esse tipo de coação cresça, o Portal da CUT Nacional disponibilizou uma ferramenta em que é possível fazer a denúncia de uma maneira fácil e segura (a pessoa não precisa se identificar se não quiser). Para isso, basta acessar o site da CUT www.cut.org.br/denuncia/eleitoral.

Desde que foi lançada há uma semana, foram recebidas 92 denúncias.

O Ministério Público do Trabalho também registrou o aumento desse tipo de crime. De acordo com o órgão foram registradas 173 denúncias.