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Postado em: 10/12/2020 - 13h39 | Redação

Países ricos compram vacinas e podem deixar países pobres desamparados

A Oxfam Brasil – organização que defende um Brasil mais justo e solidário ­-  defende que as empresas farmacêuticas, que estão produzindo a vacina contra a covid-19, compartilhem suas tecnologias e abram mão da propriedade intelectual em favor do consórcio Covax da Organização Mundial de Saúde (OMS), criado para produzir doses suficientes para beneficiar o mundo todo.

A entidade defende que as vacinas contra a covid-19 sejam consideradas bens públicos globais, já que possuem investimentos públicos, sendo assim gratuitas à população, distribuídas de maneira justa, com base na necessidade das pessoas e priorizando aquelas que estão em situação de maior vulnerabilidade.

A  Oxfam e a People’s Vaccine Alliance (Aliança da Vacina do Povo, em tradução livre) alertam que grande parte das doses produzidas já foram compradas pelos países mais ricos. As entidades acreditam que quase 70 países de baixa renda só conseguirão vacinar um em cada 10 de seus cidadãos.

No Reino Unido, por exemplo, a vacinação em massa dos grupos mais vulneráveis começou esta semana.  Outros países que ainda aguardam a aprovação das agências reguladoras sobre os imunizantes, os Estados Unidos e a Europa já encomendaram vacinas suficientes para imunizar as populações a partir das próximas semanas.

Até o momento, todas as doses da vacina da empresa Moderna e 96% do imunizante da Pfizer foram adquiridas pelos países mais ricos. As 64% das doses da vacina da Oxford, prometidas às populações em desenvolvimento, só garantirão a vacinação de cerca de 18% da população global, em 2021.