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Postado em: 27/06/2007 - 14h44 | Redação

Metroviários: greve inevitável

Após quase dois meses de negociação, a greve foi o último recurso utilizado pelos metroviários para pressionar o governo do Estado e Metrô a apresentar uma proposta que contemplasse a necessidade de melhorias nas condições de trabalho. A reposição das perdas salariais era apenas um item de toda a negociação, que envolvia ainda outros fatores que refletem na qualidade dos serviços prestados à população.

O governo do Estado e a direção do Metrô poderiam ter apresentado a proposta entre os dias 6 e 13 de junho, evitando a paralisação, mas deixaram para fazê-lo horas depois do início da greve.

Abrir as catracas?
O Sindicato esclarece que os metroviários não podem abrir as catracas. Isso causaria prejuízos aos cofres públicos e o Sindicato e metroviários poderiam ser responsabilizados individualmente nas esferas trabalhista, civil e criminal. A greve é um direito legal, já a liberação das catracas é uma conduta ilícita, não é uma forma de luta amparada pela Constituição.

Acidente da Linha 4
Dia 12 de junho completou cinco meses um dos maiores acidentes de engenharia do Brasil e o mais grave da história de 38 anos de existência da Companhia do Metrô. Quando abriu a cratera da estação Pinheiros da Linha 4 – Amarela o governador Serra prometeu uma investigação rápida, transparente e com responsabilização dos culpados, mas até o memento nada foi apresentado à população

O Sindicato dos Metroviários na defesa do patrimônio público protocolou nova representação no Tribunal de Contas do Estado de São Paulo denunciando as irregularidades na construção da obra (que consumirá mais de US$ 1.400 bilhões dos cofres públicos), bem como as ilegalidades da contratação do consórcio que pretende operar a Linha 4 – Amarela, por 30 anos.

A pane nos trens
Dia 15 de junho, sexta-feira, os usuários do Metrô foram surpreendidos por uma pane no sistema que atrasou em algumas horas o retorno dos paulistanos para casa.

Segundo a direção do Sindicato dos metroviários a pane se deve ao fato de que nos últimos anos a Companhia do Metrô aumentou o espaço de tempo entre uma manutenção e outra dos trens e dos equipamentos. Além desse fator, também a falta de funcionários nas equipes de manutenção e a não reposição de peças. Há alguns anos as peças eram substituídas dentro o limite de vida útil. Hoje, as peças são utilizadas além do seu limite, o que pode aumentar a possibilidade de panes no sistema.

Verifica-se também o processo de terceirização de vários serviços na Companhia e com fortes indícios de privatização do sistema, o que a população já se manifestou contrária em várias pesquisas feitas pelo sindicato.

Segundo o Manuel Xavier Lemos Filho, os técnicos do Metrô, em aproximadamente 30 dias, deverão entregar um laudo completo sobre a pane do dia 15.