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Postado em: 06/08/2009 - 11h52 | Redação

Jornada de trabalho na indústria farmacêutica

Os trabalhadores da indústria farmacêutica de São Paulo conquistaram uma vitória inédita desde a promulgação da Constituição, em 1988: reduzir a jornada de trabalho sem diminuir o salário. Desde a CF de 1988 os trabalhadores no Brasil cumprem jornada de 44 horas semanais.

Os trabalhadores do setor farmacêutico conseguiram ir além. Há vários anos o tema é discutido nas mesas de negociação e, por meio da convenção coletiva, mais de 50 mil trabalhadores no estado de São Paulo estão sendo beneficiados com a redução da jornada de trabalho de 42 para 40 horas semanais. A primeira redução ocorreu em 2006, quando a jornada  passou de 44 horas para 42 horas semanais. Em 2008 na mesa de negociação conquistou-se a redução para 40 horas semanais, sendo que em 1º de janeiro de 2009 passaria para 41 horas e, a partir de dezembro 2009, para 40 horas semanais.
Contudo, na campanha salarial de 2009, os trabalhadores conquistaram a antecipação da redução  para 1º de setembro de 2009.

Atualmente, em torno de 46% do total dos trabalhadores do setor farmacêutico praticam jornadas entre 41 e 44 horas semanais. Portanto, a redução da jornada de trabalho conquistada na convenção coletiva de 2008 beneficiará aproximadamente 10 mil trabalhadores somente em nossa base sindical.

A luta pela redução da jornada de trabalho existe desde o inicio do capitalismo. Na primeira revolução industrial, essa luta já ocorria. Nesse período os trabalhadores e trabalhadoras eram submetidos a uma jornada de até 18 horas diárias. Durante o século XIX, as constantes lutas e mobilizações dos trabalhadores garantiu a redução da jornada de trabalho para 10 horas semanais, isto ocorreu na Inglaterra em 1847 e na França em 1848.

Para além do debate sobre a geração de novos postos de trabalho, consideramos que a luta pela redução da jornada de trabalho representa a luta por uma distribuição mais equilibrada entre capital e trabalho na repartição dos ganhos de produtividade.

Vivemos em um contexto que favorece a luta pela redução da jornada de trabalho.Conquistar mais tempo para dedicar-se a família, ao lazer e aos estudos é um direito de todos os trabalhadores. Os avanços tecnológicos só fazem sentido se forem para melhorar a vida de todos e não apenas ser apropriado pelo capital.