Insalubridade: morte lenta no trabalho
É tão antiga quanto a própria “organização” do trabalho, a produção em série, a luta dos trabalhadores por melhores salários e condições de trabalho.
Uma das preocupações dos trabalhadores e seus lideres sindicais sempre foi com relação aos riscos à saúde e acidentes a que sempre foram expostos. São anos de lutas no combate às condições de trabalho que oferecem risco à saúde e segurança, como são os casos de insalubridade e periculosidade.
Ao mesmo tempo em que são desenvolvidas novas tecnologias e métodos modernos de produção, aumentam nossas demandas e exigências pela garantia das boas condições de trabalho, com equipamentos de proteção individual e coletivo pela preservação da nossa saúde. A luta também foi para que trabalhadores expostos a essa situação recebessem um adicional em seu salário.
Após anos de lutas, greves e manifestações os sindicatos dos trabalhadores conquistaram o adicional de insalubridade que estabelecem percentuais de 10%, 20% e 40% , dependendo do grau de exposição às condições insalubres. Os valores são pagos com base no salário mínimo.
Porém, ao invés do adicional contribuir para a melhoria das condições de trabalho, provoca efeito inverso. Pois, sai mais barato para aos patrões pagar o adicional do que melhorar as condições de trabalho na empresa.
Tudo que afeta a saúde do trabalhador tem que ser eliminado na fonte, priorizando a proteção coletiva, afinal de contas, sabemos que os danos causados à saúde dos trabalhadores muitas vezes são irreversíveis e não é o adicional que vai devolver a saúde.
Essa luta é constante e por isso é muito importante que os trabalhadores procurem o Sindicato e exijam o cumprimento da lei. Constatando a existência de local insalubre, a “briga” judicial é feita pelo pagamento do respectivo adicional com cinco anos retroativos. Mas o fundamental é exigir sempre a eliminação total dos agentes nocivos à saúde e à vida.
Este texto não reflete, necessariamente, a opinião da diretoria do Sindicato.