Governo Alckmin censura discussão sobre reforma política
Realizado entre os dias 1º e 7 de setembro, o Plebiscito Popular por uma Constituinte Exclusiva e Soberana do Sistema Político do Brasil espalhou urnas por todo o país para consultar a sociedade sobre a realização de uma reforma política nacional. Nas escolas estaduais de São Paulo, entretanto, o governo Alckmin (PSDB) dificultou que o debate fosse levado até os alunos, proibindo a entrada de urnas ou qualquer material sobre a reforma política.
“Está claro que o governo do Estado de São Paulo não quer que os estudantes tenham conhecimento para criar um senso crítico”, analisou Fernando Souza de Melo, integrante da Comissão da Juventude Metalúrgica do ABC, Segundo Melo, professores receberam orientação das diretorias das escolas para não levar o assunto às salas de aula. “A circular que ele [Geraldo Alckmin] soltou nas escolas da rede e que culminou nessa ação truculenta por parte das direções das instituições de ensino faz lembrar o período do regime ditatorial”, comparou Artur Paes Aranão, coordenador do Comitê Operativo Municipal de São Bernardo.