França: trabalhadores podem perder direitos conquistados
“O povo francês escolheu a mudança”. Com essa frase o presidente eleito Nicolas Sarkozy, afirmou no discurso da vitória, logo após o final das eleições, que vai implementar as mudanças que prometeu durante a campanha.
Eleito com 53%, o conservador Sarkozy, durante a campanha eleitoral prometeu empreender a liberalização do mercado de trabalho, o aumento da jornada de 35 horas de trabalho semanais e a adoção de medidas mais duras contra o crime e no controle da imigração.
Vele lembrar que na França o voto é livre, no entanto, mais de 86% dos franceses aptos a votar compareceram às urnas, numa participação recorde.
Embora tenha sido eleito com propostas que visam tirar direitos conquistados pelos trabalhadores, não será tarefa fácil implementar as mudanças prometidas. Os sindicatos e uniões trabalhistas devem resistir e pressionar o governo contra as reformas que tornarão mais fácil a contratação e a demissão por parte das empresas.
Entre as propostas, estariam a isenção de impostos sobre as horas extras, para incentivar os franceses a trabalharem mais, punições mais severas a criminosos reincidentes e critérios mais rígidos para os imigrantes que querem trazer a família para a França.
A resistência será grande, haja vista que logo após o término das eleições e proclamado vitorioso foram registrados protestos em todas as parte da França contra a eleição de um conservador de direita. Milhares de pessoas têm saído às ruas para protestar mostrando assim ao presidente eleito que não será fácil mexer nos direitos conquistados pelos trabalhadores.