Condições para o aumento real
Os indicadores revelam que a indústria farmacêutica tem condições para conceder o aumento real conquistado pelos demais setores produtivos do ramo químico (cosméticos, químicos e plásticos, entre outros) e, inclusive, já negociado em algumas empresas de medicamentos. Os números da Revista Exame, edição Maiores e Melhores de 2003 e matérias publicadas nos jornais sobre investimentos, faturamentos e lucros destas empresas no decorrer de 2004 comprovam que não há motivos para que a reivindicação dos trabalhadores não seja atendida.
O Sindusfarma participou de todo o processo de negociação, em outubro e novembro de 2003, entre o CEAG-10 (grupo de entidades representativas de empresas do ramo químico) e a CNQ-CUT, por ocasião da data-base da categoria. No final, numa atitude pouco respeitosa com seus pares patronais e, principalmente, com os trabalhadores roeu a corda e não assinou o acordo válido para a categoria, que prevê aumento real nos salários em torno de 2%.
A proposta dos patrões do setor farmacêutico é conceder um abono. Os sindicatos dos trabalhadores e a CNQ-CUT não concordam, pois isto representa grande perda para os funcionários em questões como cálculo para aposentadoria, FGTS e mesmo nos salários diretos.
A diretoria colegiada