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Postado em: 07/03/2005 - 08h00 | Redação

Categoria está à frente da reforma

A unificação entre os sindicatos químicos e plásticos de São Paulo, ocorrida
em 1994, foi um acontecimento muito importante para a organização dos
trabalhadores do setor e para o fortalecimento do movimento sindical. Essa
iniciativa colocou os dois sindicatos na linha de frente de todo um processo de
lutas pela mudança na estrutura sindical vigente, que deverá culminar com a
Reforma Sindical.

A Reforma Sindical aponta, entre outros aspectos, para a construção de
sindicatos grandes, organizados, combativos e com forte inserção no local de
trabalho. Portanto, a experiência de reunificação dos químicos e plásticos de
São Paulo é atualmente uma referência importante para todas as demais
categorias.

Essa reunificação foi um processo difícil. Inicialmente os sindicalistas
tiveram de vencer as resistências políticas. Em seguida, enfrentaram as
dificuldades de juntar as estruturas existentes e garantir que elas continuassem
a funcionar de maneira integrada. Foi preciso também administrar as pequenas
vaidades humanas e derrotar o medo que o novo sempre traz. Apesar das
dificuldades, o resultado está aí para quem quiser ver. Os companheiros contam,
hoje, com um dos mais importantes sindicatos brasileiros.

Só que a nova conjuntura apresenta novos desafios. Hoje, talvez, o grande
desafio seja o de pensarmos a unificação do Sindicato Químicos e Plásticos de
São Paulo com o Sindicato dos Químicos e Plásticos do ABC. As duas entidades
passariam a representar cerca de 110 mil trabalhadores, tornando-se um dos
maiores sindicatos do Brasil.

Trata-se de uma proposta ousada. E a ousadia é uma das marcas do ramo
químico. É preciso retomar o espírito inquieto que dominava o movimento sindical
do final da década de 1970 e início dos anos 1980 e fazer com que os sindicatos
sejam cada vez mais representativos, fortes e organizados no local de trabalho,
mas com capacidade de realizar grandes mobilizações e campanhas amplas e
massivas. Precisamos também privilegiar a Confederação Nacional do Ramo Químico
(CNQ) e a CUT, para que elas possam levar lutas conjuntas em todo o território
nacional.

O Brasil vive um momento especial. O movimento sindical organizado tem uma
importante tarefa nessa conjuntura, que é a de garantir o avanço nas lutas
sociais e políticas e ajudar a construir uma sociedade justa, fraterna e
democrática. Temos de encarar esse desafio e vencê-lo. Para isso, a ousadia dos
químicos deve servir de referência para todos nós.

Parabéns aos companheiros, pelos dez anos de reunificação.


Matéria publicada na Revista Especial 10 anos de Unificação, de
10/09/2004