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Postado em: 03/02/2005 - 08h00 | Redação

Químicos e Plásticos: exemplos de unidade

Após 40 anos separados, trabalhadores do ramo químico se unem novamente e surge o maior sindicato dos químicos do país. Ao comemorar 10 anos de unificação resgatam sete décadas de lutas e conquistas.

1933 – Os trabalhadores da Companhia São Paulo de Gás se reúnem e formam o Sindicato. Porém, com a implacável perseguição e onda de demissões aos trabalhadores sindicalizados, promovida pela empresa, o sindicato fecha suas portas.

1935 – Nasce o Sindicato dos Operários e Empregados na Fabricação de Produtos Químicos Industriais.

1941 – A entidade é oficialmente reconhecida.

1947 – Por ter uma atuação independente do Ministério do Trabalho e por estar à frente das lutas e anseios dos trabalhadores, sofre intervenção federal que dura até 1950.

1954 – Os trabalhadores do setor plástico, por determinações estranhas à categoria, decidem fundar o Sindicato dos Plásticos.

1957 – Os trabalhadores químicos, sob a direção de Adelço de Almeida, estiveram à frente da greve que reuniu milhares de trabalhadores. Esta greve começou na Nitroquímica, zona leste da capital, e chegou a reunir mais de 400 mil trabalhadores em todo o Estado de São Paulo.

1962 – Junto com outros sindicatos os químicos lideraram as lutas pela aprovação do 13º salário

1964 – Adelço de Almeida, então presidente do Sindicato, é deposto pelos militares que deram o golpe no país e instituíram uma ditadura por quase 20 anos.

1965 – Um representante dos militares toma posse, assumindo a presidência do Sindicato até 1982.

1982 – A oposição no Sindicato dos Químicos disputa e ganha e eleição no sindicato devolvendo assim a direção aos trabalhadores. A posse se dá no mesmo ano.

1983 – Após muitas discussões nasce a maior central sindical da América latina a CUT (Central Única dos Trabalhadores), que contou com apoio do Sindicato dos Químicos e também a oposição dos Plásticos.

1985 – É a vez do Sindicato dos Plásticos. A oposição disputa as eleições com apoio dos químicos e ganha a direção do Sindicato. A partir deste ano os dois sindicatos passam a desenvolver ações conjuntas, como as campanhas salariais.

A partir de então os dois sindicatos inauguraram uma nova forma de atuação sindical que foram as atividades conjuntas, como Campanhas salariais, greves, manifestações e apoio aos movimentos sociais como Moradia, Saúde e os Sem Terra.

Marco histórico de atividades conjuntas foi a campanha salarial de 1985. Os dois Sindicatos conquistam a redução da jornada de trabalho de 48 para 44 horas semanais, antecipando assim o beneficio que seria reconhecido em 1988 com a Constituição Federal e alcançaria todos os trabalhadores do país.

1994 – Químicos e Plásticos se unem e formam o maior Sindicato do ramo químico do país. São mais de 100 mil trabalhadores dos mais diversos setores produtivos (químicos, farmacêuticos, plásticos, cosméticos, tintas etc).

Logo após a unificação aconteceu o Seminário Internacional do Setor Farmacêutico. Este seminário deu origem ao projeto de Lei sobre os Genéricos e também às Farmácias Solidárias, projeto de lei municipal, aprovado no início de 2004 na capital.

1996 – Em junho de 1996 conquista a Convenção Coletiva sobre a Prevenção de Acidentes em Máquinas Injetoras de Plástico.

1997 – Segunda eleição para renovação da diretoria dos químicos e plásticos de São Paulo unificados consolida este sindicato como o maior do ramo químico do Brasil

1998 – Diretoria do Sindicato não assina a Convenção Coletiva que retira direitos e conquistas dos trabalhadores.

1999 – Em março o Sindicato participa junto com todos os sindicatos cutistas da grande manifestação contra o desemprego na avenida Paulista.

Em agosto o Sindicato participa da marcha dos 100 mil a Brasília, contra o Governo FHC, o desemprego, o FMI e a Dívida Externa.

2000 – Acontece o 3º Congresso dos Químicos e Plásticos de São Paulo. Em conjunto com a CUT e outras centrais sindicais o Sindicato participa da manifestação na Avenida Paulista pela correção e pagamento integral das diferenças do FGTS dos planos econômicos (Collor/1999, Bresser e Verão).

2001 – O Sindicato participa em Porto Alegre do 1º Fórum Social Mundial. Em abril inaugura a Subsede em Caieiras. Em Agosto promove Debate sobre os Transgênicos. Em dezembro o Sindicato foi a Brasília na manifestação contra a alteração no artigo 618 da CLT – que previa o fim dos direitos dos trabalhadores.

2002 – É realizado o debate sobre Política Industrial para o Setor Farmacêutico, com o objetivo de contribuir com a formação de uma Política Nacional para o Setor Farmacêutico.
Pela primeira vez na história um trabalhador é eleito Presidente da República: Luiz Inácio Lula da Silva.

2003 – Em 1º de janeiro Lula toma posse como presidente do Brasil. O Sindicato esteve presente em Brasília, na festa da posse. Em março acontece nova eleição para renovação da diretoria. O Governo Federal forma o Fórum Nacional do Trabalho com a participação de representantes dos trabalhadores, empresários e o próprio governo para discutirem a reforma trabalhista e sindical.

2004 – Acontece, na sede central, o Seminário Nacional sobre assédio moral.