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Postado em: 25/02/2005 - 08h00 | Redação

Correção Já!

Parte da chamada herança maldita deixada pelo governo FHC, a tabela de desconto de IR sobre salário não é atualizada há dez anos. A “mordida” do leão” pega o trabalhador cuja faixa salarial ultrapassa R$ 1.100,00. O movimento sindical, em nível nacional, exige a correção, já! A CUT iniciou negociações com o ministro da Fazenda, Antônio Palocci.

Xô Leão!

São mais de 10 anos com as mesmas faixas salariais que sofrem desconto de imposto de renda; com isso, os reajustes para repor inflação no período acabam sendo comidos pelo leão.

O IRRF (imposto de renda retido na fonte) é o desconto que o trabalhador, cujo salário é acima de R$ 1.100,00, sofre em sua folha de pagamento todo mês. É a chamada mordida do leão, que não é corrigida há 10 anos. Com isso, a cada pequeno reajuste salarial, cada vez mais trabalhadores acabam caindo nas garras do leão.

Para se ter uma idéia, só no período do governo LULA, o índice necessário de atualização desta tabela é de 11,32%. Já da era FHC o percentual ultrapassa a casa dos 50%. Na prática, isto vem significando tributações cada vez maiores sobre os míseros salários dos trabalhadores. Ora, salário não é renda. É apenas o pagamento sobre a exploração da mão-de-obra do trabalhador, não tem que haver tributo.

O governo LULA se dispõe ao diálogo e já está em negociação com as centrais sindicais pela correção da tabela. Agora, se é verdade que a União não pode deixar de arrecadar, também é fato que a lógica dos tributos deve recair sobre grandes fortunas e não sobre o trabalhador que ganha modestos e arrochados salários.

Por exemplo: o governo poderia estabelecer normas e fiscalizações rígidas sobre altas transações comerciais, taxar remessas de lucros das multinacionais para suas matrizes no exterior, instituir o imposto progressivo de tal forma que quem tem mais paga mais, quem tem menos, logicamente, paga menos.