Eleições consolidam unificação
Há 10 anos os trabalhadores dos setores químico, farmacêutico, cosméticos,
plásticos e similares de São Paulo e região protagonizaram um processo de
unificação que é exemplo para o movimento sindical, em todo o país
Desde 1954, quando são separados em dois sindicatos, os químicos e plásticos
de São Paulo trilharam por diversos caminhos. Em 1982 a chapa de oposição vence
as eleições no Sindicato dos químicos e colocaram fim a duas décadas de
intervenção e ação de pelegos. Em 1985 foi a vez da chapa oposicionista dos
plásticos vencer as eleições sindicais.
Daí para frente os dois sindicatos caminharam lado a lado em iniciativas
conjuntas, das mobilizações e lutas no movimento sindical até as grandes
batalhas políticas e sociais. A unificação das campanhas salariais é um dos
exemplos, que serve de referência de atuação e mesmo negociação para outros
sindicatos nos dias atuais.
Das campanhas salariais unificadas às
manifestações conjuntas, os dois sindicatos iniciaram conversações que levaram à
unificação em 1994.
As eleições sindicais de 1994 ratificaram a unificação decidida em assembléia
no ano anterior. As duas categorias protagonizaram uma grande festa da
democracia, com plena participação das bases na indicação dos nomes que
compuseram a chapa única que disputou as eleições nos dias 28, 29, 30 e 31 de
março.
Eleições 1994
Chapa 1: Potência e lutas
Mais de 1200 trabalhadores da
categoria participaram da convenção que indicou os 72 companheiros para compor a
chapa cutista para dirigir o Sindicato. Com lema potência e luta, a chapa foi
formada por trabalhadores de compromisso comprovado com as lutas históricas da
categoria, por melhores condições de trabalho, melhores salários, mais empregos
e sobretudo pelo fortalecimento do Sindicato.
A convenção deixou marcas na história do movimento sindical pela prática
transparente e pelo exemplo de democracia, sob todos os aspectos, e ainda pela
demonstração de união com que a categoria definiu o programa de atuação da
diretoria do Sindicato Unificado dos Químicos e Plásticos de São Paulo.
No programa de atuação da diretoria constava o enfrentamento ao plano FHC,
participação nas manifestações contra o arrocho salarial, projeto de organização
por local de trabalho, luta por mais emprego e outras exigências da classe
trabalhadora e ainda a campanha permanente de sindicalização.
Eleições 1997
Chapa 1: Unidade e Luta
Segunda eleição para renovação da
diretoria do Sindicato, após a unificação, em 1997 esteve colocada à prova o
grau de unidade dos trabalhadores. Sem acordo para a formação da chapa cutista,
a convenção foi uma das mais disputadas da história da categoria. Ao final,
prevaleceu o bom senso, a unidade na diversidade e foi assegurada a formação da
chapa única cutista.
Eleições 2000
Chapa 1: Novo Milênio Novos Horizontes
Ampla
participação da categoria garante o clima democrático e transparente na
indicação de nomes para compor a chapa 1, que disputou as eleições no Sindicato.
Criteriosamente foram escolhidos nomes de companheiros comprometidos
historicamente com as lutas dos trabalhadores, respeitando a representati-vidade
de todas as correntes de pensamento e também as diversas regiões, para garantir
a atuação sindical constante em todas as empresas.
Dentre as propostas estavam as lutas contra o avanço do projeto neoliberal,
por melhores salários e mais empregos, redução da jornada de trabalho sem
redução de salário, organização por local de trabalho, intensa campanha
salarial, projetos para cultura, esporte e lazer e defesa da saúde do
trabalhador.
Eleições 2003
Chapa 1: Participação, democracia e conquistas.
Três
compromissos importantes da chapa 1, indicada para disputar as eleições, em
2003, para renovação da diretoria do Sindicato. Mais uma vez impera a democracia
e a transparência na convenção que homologou os nomes dos 43 trabalhadores para
assumirem a direção da entidade.
As palavras, participação, democracia e conquistas não foram escolhidas ao
acaso para definir os compromissos da Chapa 1 para os próximos três anos.
Representam o resgate de uma prática que prioriza a participação da categoria
como condição fundamental para fortalecer o Sindicato; a democracia como
exigência para que os trabalhadores tenham voz e vez em sua entidade de classe
rumo a novas conquistas.
Esse compromisso representa a continuidade de um trabalho desenvolvido pelo
Sindicato, sempre ao lado dos trabalhadores. Em cada empresa fiscalizando os
patrões e buscando novas conquistas a fim de melhorar a qualidade de vida da
categoria, lutando sempre para fazer valer seus direitos também em todas as
esferas públicas (municipal, estadual, e federal).
Matéria publicada na Revista Especial 10 anos de Unificação, de
10/09/2004