Justa Homenagem a quem luta sempre - Sindicato dos Químicos de São Paulo
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Postado em: 15/06/2005 - 16h52 | Redação

Justa Homenagem a quem luta sempre

Sindiluta: Na justa homenagem, várias lembranças. Valeu a pena a trajetória de lutas?

Luizinho: O trabalhador quando adquire consciência de classe e desperta para a luta não admite retrocesso nem arrependimento, e ainda, se por algum motivo, venha a receber uma homenagem pela sua militância, como eu recebi, ai companheiro, só posso afirmar que valeu a nossa trajetória.

Sindiluta: Operário metalúrgico, sindicalista da categoria do setor plástico e hoje advogado atuando na área trabalhista. Seria o exercício da profissão como extensão da militância?

Luizinho: Sempre afirmo aos companheiros que sou uma pessoa feliz, pois, consegui juntar o útil ao agradável, para mim o movimento sindical é prioritário, se por circunstância do destino, deixei de ser membro da direção do meu Sindicato e da CUT, é bem verdade que no exercício da advocacia no meio sindical, ganho o sustento de minha família e atendo minha vocação que é a defesa dos interesses dos trabalhadores e as organizações operárias.        

Sindiluta: Com sua bagagem de quase três décadas de militância, qual sua avaliação das questões sindical e política, hoje?

Luizinho: O movimento sindical é dinâmico, e em razão do desemprego e do fechamento de várias empresas, dos mais diversos segmentos, agravado pelo desemprego estrutural, ocorrido nos Governos de Collor e FHC, os trabalhadores e as lideranças sindicais foram obrigados a inovar suas táticas e suas lutas. Não podemos traçar nenhum paralelo entre o movimento sindical dos anos 1970 e 1980 com o movimento praticado na segunda metade da década de 1990 e início dos anos 2000, pois também não é possível comparar a conjuntura econômica e política dos referidos períodos. O movimento sindical, em 2004 e início de 2005, retomou sua ofensiva, em razão do aquecimento da economia brasileira sob o comando do Presidente Lula, com a conquista de aumento real nos salários, depois de mais de dez anos de jejum. O que nunca muda na relação entre o capital e o trabalho é o fato de que os interesses dos trabalhadores e dos patrões são antagônicos, razão pela qual o movimento sindical deverá continuar sua missão histórica que é a conscientização e organização dos trabalhadores.